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18/11/20

Pandemia aprofunda racismo no mercado de trabalho

Foram os homens negros com carteira (1,4 milhão), sem carteira (1,4 milhão) e os que trabalhavam por conta própria (1,2 milhão) que perderam as ocupações na pandemia.

Pandemia colocou uma lupa no mercado de trabalho, que é desigual. Foto: Marcelo Casal/Agência BrasilPandemia colocou uma lupa no mercado de trabalho, que é desigual. Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil

A persistente desigualdade entre negros e não negros no mercado de trabalho ficou ainda mais acentuada durante a pandemia. Homens e mulheres negros sentiram, com maior frequência, os danos do isolamento e da redução do nível de atividade econômica.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que mais de 6,4 milhões de homens e mulheres negros saíram da força de trabalho – como ocupados ou desempregados, entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, isto é, perderam ou deixaram de procurar emprego por acreditar não ser possível conseguir nova colocação. Entre os brancos, o número de pessoas nessa mesma situação chegou a 2,4 milhões.

Na comparação entre o 4º trimestre de 2019 e o 2º trimestre de 2020, entre os negros, o número subiu para 7,4 milhões. Para os não negros e não negras, o total pouco se alterou, chegando a 2,7 milhões de pessoas.

Dos 8 milhões de pessoas que perderam o emprego entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, 6,3 milhões eram negros e negras, o equivalente a 71% do total. Entre o 4º trimestre de 2019 e o 2º de 2020, cerca de 72% ou 8,1 milhões de negros e negras estavam em situação vulnerável no país.

Dos 11 milhões de ocupados que perderam os postos de trabalho entre o 4º trimestre de  2019  e  o  2º  trimestre  de  2020,  31,4%  tinham  carteira  de  trabalho  assinada;  28,7%  não  possuíam carteira e eram assalariados; 25,8% trabalhavam por conta própria; e 11,4% eram trabalhadoras domésticas sem carteira.

A  Medida  Provisória  936  conseguiu  garantir  a  manutenção  de  vínculos  trabalhistas  formais,  mas,  no  caso  dos  homens  negros,  cerca  de  1,4  milhão  possuíam  carteira  no  4º  trimestre de 2019 e, no 2º trimestre de 2020, no meio da pandemia, já não mais.

Foram os homens negros com carteira (1,4 milhão), sem carteira (1,4 milhão) e os que trabalhavam por conta própria (1,2 milhão) que perderam as ocupações na pandemia. Para as negras,  os  números  não  ficam  atrás. Perderam  os  postos  de  trabalho  887  mil  trabalhadoras  com carteira; 620 mil sem carteira; 886 mil trabalhadoras domésticas; e 875 mil trabalhadoras por conta própria.

Clique aqui para acessar o conteúdo integral do estudo.


Fonte: Dieese





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