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19/02/10

Dengue vira epidemia

O forte calor registrado no verão acelerou em 40% o tempo de desenvolvimento do Aedes aegypti, transmissor da dengue. A doença já é epidêmica nos estados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima e Goiás.

A chuva e o calor excessivos trazem consequências nem sempre previsíveis. Ruas alagadas, trânsito congestionado, desabamento em áreas de risco, populações sem teto, prejuízos materiais e perdas de vida constituem triste e rotineira tragédia. Sem medidas preventivas eficazes, o quadro se agrava ano a ano. Providências emergenciais, tomadas de afogadilho, deixam uma certeza — o drama continuará em cartaz. Depois do recesso, voltará com forças multiplicadas. 

Em 2010, o cenário ganhou cores mais dramáticas. O forte calor registrado no verão acelerou em 40% o tempo de desenvolvimento do Aedes aegypti, transmissor da dengue. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença virou epidemia em cinco estados — Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima e Goiás. O diagnóstico se justifica porque as autoridades sanitárias consideram epidêmica a existência de pelo menos 300 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais e o Distrito Federal estão em situação desconfortável. O registro de casos cresce dia a dia. Em 2010, ocorreram em Brasília mais de 300 casos — acima de 100 só na Vila Planalto. 

Agravantes contribuem para aumentar a preocupação. De um lado, registre-se a volta do vírus tipo 1 depois de 10 anos de ausência. Muitos, imunizados por terem contraído o vírus 2 ou o 3, correm o risco de serem vítimas do 1. Além disso, a movimentação de turistas, intensa nesta época do ano, agrava o problema. Hoje a dengue está concentrada em unidades da Federação com menor densidade demográfica. Caso se propague por centros superpopulosos, há o risco de explosão de ocorrências. É importante que os governos estejam preparados para socorrer os enfermos que, por certo, apelarão para o sistema público de saúde. 

A longo prazo, porém, medidas preventivas se impõem. De um lado, há que dedicar especial atenção à limpeza urbana. O lixo moderno constitui bom criadouro para o Aedes aegypti. Pneus, garrafas, copos, recipientes de plástico, cacos de vidro, casca de ovos abrigam a água da chuva. É indispensável dar-lhes fim. De outro lado, campanhas educativas precisam ser veiculadas pelos meios de comunicação para evitar que moradores da cidade contribuam para a proliferação do mosquito. Inocentes pires com água para manter a umidade de plantas ou água espalhada por jardins para atrair beija-flores podem abrir caminho para a contaminação de pessoas. O inseto, vale lembrar, não distingue classe social. É atraído pela água limpa.

Correio Braziliense - 19/02/2010



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