Economist erra sobre Brasil e se desculpa

Publicação influente no meio econômico divulgou previsão de cortes que seriam necessários no país com diferença gritante dos valores realmente estimados por autores do cálculo

 A revista “Economist” que chegou às bancas britânicas ontem fez uma correção relativa a uma reportagem sobre o Brasil. O artigo, chamado “Entrando no espírito do carnaval”, fazia um paralelo entre os exageros da festa e “os pensamentos de economistas e financistas brasileiros”. O GLOBO reproduziu, em 13 de fevereiro, alguns trechos da reportagem.

Ontem, no entanto, a revista informou que um dado citado estava incorreto. A reportagem afirmava que economistas do Itaú estimavam que, para que o país obtivesse superávit primário (receita menos despesas antes do pagamento dos juros da dívida pública) de 3,3%, o governo teria de cortar suas despesas discricionárias (custeio, investimentos etc., excluindo gastos com pessoal e dívida) em R$ 496 bilhões. Mas o valor correto é de R$ 49 bilhões.

Em nota, a “Economist” pediu ontem desculpas aos economistas do Itaú, aos quais foi atribuída informação errônea, e ao governo brasileiro.