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23/11/09

Companhia aérea pretende voar com biocombustível até 2014

Azul, companhia novata no mercado brasileiro, desenvolve bioquerosene de aviação em parceria com Embraer, GE e Amyris, empresa norte-americana

Em meio a discussões climáticas e pressões de custo, a novata companhia aérea Azul pretende fazer testes com bioquerosene de aviação em 2012 e a fornecedora do combustível, a norte-americana Amyris, acredita que antes da Copa de 2014 já será possível voar comercialmente no país com o novo combustível. As duas empresas se associaram a Embraer e a General Eletric para desenvolver o projeto do bioqueorosene para aviões.

"Sonho com isso todos os dias. Se pudesse começar amanhã, já faria. Todos os dias tenho que olhar para cotação do dólar, preço do petróleo e fechamento da Bolsa de Valores", disse a jornalistas nesta quarta-feira, dia 18, o diretor da Azul, Miguel Dau.

"A demanda energética está atrelada ao custo e à questão ambiental. Há dois anos pouco se falava nisso, mas com os preços e discussões atuais, o bioquerosene se tornou viável", declarou o diretor de tecnologia e meio ambiente da Embraer, Guilherme Freire.

O querosene de aviação feito a partir do petróleo representa cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea. "Será o primeiro voo no mundo a partir de hidrocarboneto de cana-de-açúcar", afirmou o diretor-geral da Amyris, Roel Collier, responsável pelo processo químico de produzir bioquerosene com base na cana-de-açúcar. 

Segundo ele, a partir da moagem da cana a empresa introduz uma levedura que fermenta o produto que depois de centrifugado é transformado em bioquerosene. 

A empresa de origem norte-americana, mas que tem sócios brasileiros, como o grupo Votorantim, vai comprar uma usina de cana no Brasil para criar uma refinaria onde será feito todo o processo de produção do querosene verde.

"As estimativas são que as emissões de CO2 com o bioquerosene serão de 80% a 90% menores", ressaltou Collier. "Esperamos que seja comercial antes da Copa e das Olimpíadas no Brasil", acrescentou.

A indústria de aviação é responsável por cerca de 2% das emissões de gases do efeito estufa e a previsão é que haja um crescimento de 50% até 2050, passando para 3%, de acordo com o diretor da GE Cláudio Loureiro. 

Segundo ele, recentemente, a Virgin Air Lines fez um voo entre Londres e Amsterdã com um biocombustível que tinha misturado 20% de óleo de babaçu no querosene de aviação.

A GE desenvolve uma parceria com as norte-americanas Continental e Boeing para voar no começo do ano que vem com um combustível a partir de uma matéria-prima não fóssil. "Estamos numa política de eco-imaginação. Queremos prover soluções sustentáveis do ponto de vista financeiro, social e ambiental", afirmou o executivo. 

A previsão do diretor da Amyris é que o voo de teste da Azul em 2012 tenha no mínimo 20% de bioquerosene misturado ao querosene tradicional. 

Os aviões modelo Ipanema desenvolvidos pela Embraer já operam no país exclusivamente movidos a etanol. "É um uso muito específico e já temos 250 aeronaves voando com etanol", disse Freire. 

Segundo Dau, da Azul, os testes iniciais mostram que a adição do biocombustível não afetará a autonomia ou performance dos aviões Embraer operados pela companhia aérea. 

"Não precisaremos mexer no motor. O combustível atende a todas as especificações, mas por excesso de zelo vamos ter dois tanques separados. Cada um com um combustível", frisou.

(Reuters)



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