Brasil ganha prêmio hoje por combate à fome
Primeiro colocado em ranking da Action Aid Internacional, país será premiado em Roma na abertura da Cúpula Mundial de Segurança Alimentar, promovida pela Organização das Nações Unidas para Agr
A organização não governamental (ONG) Action Aid Internacional vai conceder um prêmio ao Brasil pelos esforços no combate à fome, segundo divulgou ontem à noite a Agência Brasil. Segundo um ranking organizado pela entidade, o país teve o melhor desempenho na redução do problema, seguido pela China e Índia.
Segundo o diretor internacional da Action Aid, Adriano Campolina, o principal motivo para que o Brasil seja o líder do ranking foi o fato de 10 milhões de pessoas terem saído da pobreza extrema nos últimos anos. De acordo com ele, o Brasil conseguiu a redução combinando o crescimento econômico com políticas de combate à pobreza e agricultura familiar.
“A fome é um fenômeno muito complexo, você não consegue acabar com ela imediatamente. Mas a redução do Brasil foi extremamente substancial, não só rápida como sustentada. Foram políticas coordenadas que deram ênfase à transferência de renda e ao mesmo tempo à agricultura familiar e à produção sustentável”, destacou Campolina.
Hoje (16), quando terá início em Roma a Cúpula Mundial de Segurança Alimentar, promovida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a ONG pretende entregar o prêmio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele participa da abertura do evento e deverá apresentar as experiência brasileiras que conseguiram reduzir a subnutrição no país como o Bolsa Família, o Fome Zero e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará ainda hoje (16), durante a Cúpula, um alerta para a insuficiência de recursos internacionais destinados a enfrentar a fome no mundo e destacará a necessidade de os países desenvolvidos cumprirem os compromissos assumidos para o aumento dos níveis da assistência ao desenvolvimento social e humano. O presidente ainda pedirá o fim dos subsídios agrícolas que prejudicam as economias mais pobres.
A expectativa é de que a cúpula reúna cerca de 60 chefes de Estado e de governo. A FAO estima que atualmente mais de 1 bilhão de pessoas passem fome e estejam desnutridas em todo o mundo.