Marcha da Classe Trabalhadora
Organizado pelas centrais sindicais - CUT, Força Sindical, NCTS, CTB, UGT e CGTB - o evento reuniu mais de 30 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo Brasil.
Na última sexta-feira (11), manifestantes em defesa da redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas, saíram a pé do estacionamento do Estádio Mané Garrincha, seguiram pelo Eixo Monumental e caminharam até o Congresso Nacional, onde foi realizado um ato político.
Além de trabalhadores, marcharam representantes de movimentos sociais, da UNE (União Nacional dos Estudantes) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), estreante na mobilização promovida pelas centrais sindicais.
Também compareceram ao ato político parlamentares que apóiam a redução da jornada. Ao todo, mais de 30 mil pessoas marcharam juntas.
A pauta de reivindicação desta 6ª Marcha da Classe Trabalhadora inclui: 1) da redução da jornada de trabalho, 2) da valorização do salário mínimo com aprovação do PL 1/07; 3) da ratificação das convenções 151 da OIT, negociação no serviço público; e da 158, proibição da demissão imotivada; 4) da retirada dos projetos de lei de terceirização - PL 4.302/98 e PL 4.330/04; 5) da aprovação da PEC 438/01, fim do trabalho escravo; e, 6) da aprovação do marco regulatório do pré-sal.
Após a marcha, dirigentes foram recebidos pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB/SP) e do Senador Federal, José Sarney (PMDB/AP).
Temer, apesar da insistência das lideranças sindicais, não determinou uma data para a votação da redução da jornada, apenas se comprometeu em mediar as negociações entre empresários e trabalhadores.
No Senado, os dirigentes sindicais pediram atenção ao PDS 819/09, que ratifica a Convenção 151 da OIT (negociação coletiva no serviço público). O projeto está sob análise da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, onde a relatoria foi distribuída ao senador Geraldo Mesquita Junior (PMDB/AC).