CNTU realiza seminário sobre Qualidade do Serviço Público2009-11-09
"Do serviço público que temos ao que queremos: um novo Estado para um Brasil empreendedor"
Esse é o tema do seminário organizado pela CNTU, que acontecerá no dia 13 de novembro, na sede do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP). O evento conta com a curadoria de engenheiros, acadêmicos e especialistas em gestão pública e tem como objetivo analisar o cenário atual, além de gerar um panorama com diagnóstico, análise e perspectivas dos serviços públicos no Brasil.
A discussão gira em torno da responsabilidade do Estado na garantia de uma gestão à altura do crescimento do País. Para a entidade, a ascensão do Brasil requer mais cuidados com a qualidade de vida da população. O debate é totalmente focado na modernização de setores como educação, saúde, transporte, saneamento básico, segurança e previdência.
Uma posição mais ativa para a classe média
De acordo com o diretor da CNTU, Allen Habert, a classe média tem que sair da arquibancada reclamante e se colocar como um ativo construtor. “Ela paga grande parte da conta e tem contrapartida deficiente em várias áreas como a educação e saúde”. Dados do IBGE mostram que somente 13% da população jovem no Brasil, entre 18 e 24 anos, chegam à Universidade. “Na área da saúde, precisamos de uma segunda reforma com recursos financeiros, humanos e de gestão”, ressalta.
Um dos pontos fortes do evento é a palestra de Ceci Juruá, do laboratório de Pesquisas Públicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), sobre a classe média e a injusta carga tributária. De acordo com a pesquisadora, encaixam-se no nível médio as famílias com renda entre 5 e 20 salários mínimos, vindos do trabalho assalariado e essa é a principal categoria que paga impostos regularmente e que pouco recebe em matéria de benefícios do governo.
Outra questão importante que o evento aborda é a qualidade do transporte público no Brasil. Rogério Belda, diretor da Associação Nacional de Transporte Público – ANTP – destaca a dificuldade de mobilidade urbana nas grandes cidades. “A dificuldade de circulação provocou como reação, o surgimento de novos comportamentos e posturas administrativas que provavelmente se intensificarão no futuro próximo. Em São Paulo, por exemplo, há a tendência do crescimento do uso de transporte individual em relação ao transporte público”, diz.
Serviço
Local: Auditório do SEESP (Rua Genebra, 25 - 1o. andar)
Informações e inscrições pelo site www.seesp.org.br ou pelo telefone (11) 3113-2641
A participação é gratuita.
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