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19/01/18

No Dia do Farmacêuticos, categoria reforça luta por CLT

Farmacêuticos comemoram farmácia como estabelecimento de saúde e reforçam luta por direitos trabalhistas. “Reformulação da CLT amplia possibilidades de exploração”, alerta Ronald Ferreira.



Neste sábado, 20 de Janeiro, comemora-se o Dia do Farmacêutico. O presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald Ferreira dos Santos, conversou com a Comunicação da CNTU e falou um pouco sobre o panorama atual da categoria.

AO 20 de janeiro foi sugerido depois que o farmacêutico Oto Serpa Grandado colocou em discussão, em uma reunião da Associa Brasileira de Farmacêuticos (ABF), no dia 7 de janeiro de 1941, o porquê a categoria ainda não tinha uma data para homenageá-la, tendo em vista que tantas outras já tinham. E acabou sendo escolhido por causa da fundação da ABF, em 20 de janeiro de 1916. Na época, era a maior instituição representativa da categoria, no País.

Confira abaixo a entrevista.

Quais as principais demandas da categoria em 2018?

Principais demandas continuam sendo as vinculadas ao mundo do trabalho. Embora, tenhamos conseguido avançar significativamente no reconhecimento do nosso trabalho, as condições reais do trabalho farmacêutico no Brasil ainda são bastante desafiadoras. Dados do Ministério do Trabalho dão conta que, entre os profissionais da Saúde, os que têm maior jornada de trabalho são os farmacêuticos, muitas acima das 44 horas semanais. E uma remuneração bastante distante do tamanho do significado econômico da atividade que realizamos com os medicamentos. Embora tenha ganhado mais destaque tanto no serviço público, quanto no privado, o papel do profissional na dispensação do medicamento, que é quem consegue transformar esse produto em insumos garantindo a saúde das pessoas, requer ainda uma maior valorização tanto na remuneração quanto na jornada de trabalho. E agora, se tornou mais difícil a situação com a reformulação da CLT (lei trabalhista) que faz com que a possibilidade de exploração desse profissional se amplie ainda mais. Há um desafio grande, portanto, de alcançar o reconhecimento e a valorização do trabalho profissional farmacêutico, seja no legislativo, nas negociações salariais e no judiciário. Esse com certeza é o principal desafio.

E qual foi a principal conquista da categoria?

Das principais conquistas que a gente pode destacar no último período a mais significativa é a transformação da farmácia em estabelecimento de saúde. A gente vinha de um cenário onde muitos setores afirmavam que o farmacêutico era uma profissão em desuso e que a farmácia, em função do avanço tecnológico, dispensava o papel desse profissional. Conseguimos reverter de forma significativa esse cenário, ao colocar o medicamento como um insumo garantidor da saúde. E o mediador de sua produção, desenvolvimento e melhor utilização, e quem domina a arte e a ciência da farmácia, é o farmacêutico . No último período conseguimos uma ampliação desse reconhecimento. Infelizmente, não se materializou em ganhos de remuneração, mas avançamos significativamente. E isso nos permite vislumbrar a possibilidade, em um curto prazo, não sem muita luta, garantir reconhecimento da atuação juntamente com equipes multiprofissionais e demais profissionais de saúde.

E os ataques atuais ao SUS, como a redução do orçamento público. É uma demanda imediata?

Antes de qualquer coisa é uma conquista. Foram os avanços no Sistema Único de Saúde (SUS) que permitiram o maior reconhecimento do trabalho farmacêutico. O enfraquecimento do SUS e seus princípios é o enfraquecimento do papel e do protagonismo dos farmacêuticos na atividade econômica saúde.



Deborah Moreira
Comunicação CNTU



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