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02/12/20

Os prefeitos eleitos e a engenharia

Murilo Pinheiro

Os que obtiveram vitórias nas urnas no domingo terão muito mais condições de atender às demandas da população se derem a devida importância às propostas e reivindicações dos profissionais da área tecnológica.

 

 

Em primeiro ou segundo mandato, os prefeitos eleitos no domingo (29/11) têm, em geral, desafios de monta pela frente. Obviamente, o grande tema em tela continua sendo a Covid-19, incluindo a vacinação quando ela for efetivamente possível e as necessidades na área da saúde em geral. Mas somam-se a essa tarefa hercúlea da atualidade todas as demandas das cidades que precisam ser atendidas para que haja qualidade de vida e desenvolvimento. Nesse conjunto, incluindo questões relativas à pandemia, a engenharia muito tem a contribuir.

 

Saneamento ambiental – abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais –, habitação, transporte e mobilidade, iluminação e internet pública, para citar algumas das questões mais fundamentais, são todos setores ligados à engenharia por excelência.

 

Portanto, é fundamental que os chefes do Executivo e os membros do Legislativo tenham em mente a importância dessa área para o município e tomem as medidas pertinentes. Em primeiro lugar, é preciso que haja na Administração profissionais da engenharia qualificados, em número suficiente e com condições adequadas de atuação para dar conta das várias e fundamentais tarefas que lhes cabem.

 

Para que isso seja possível, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos filiados, já defendem historicamente a criação da carreira pública de Estado para engenheiros em todas as instâncias de governo. Em tramitação no Congresso, lamentavelmente a matéria segue paralisada, sem avanços. No entanto, nada impede que prefeitos atuem para garantir corpo técnico que possa atender a população.

 

É importante que esses gestores tenham visão abrangente e estratégica de seu mandato, não olhando para essa questão como gasto, mas sim como investimento essencial. Certamente, sai muitíssimo mais barato para os cofres públicos e, portanto, para os contribuintes a execução de ações e obras planejadas corretamente. É preciso lembrar que o improviso, além de prejuízos, pode representar também riscos para as pessoas e o patrimônio.

 

Nesse contexto, entra outra proposta da FNE, que é a criação de Secretarias de Engenharia de Manutenção. Essas teriam a função de garantir que as tarefas de inspeção e conservação permanentes de edificações, obras de arte e equipamentos públicos em geral sejam cumpridas adequadamente e de forma planejada. A iniciativa cumpriria o duplo objetivo de garantir segurança à sociedade e uso correto dos recursos, prevenindo para não ter que remediar em caráter emergencial.

 

A engenharia e seus profissionais estão a postos para colaborar com a melhoria das cidades brasileiras. Esperamos que os prefeitos, aos quais desejamos sucesso na futura gestão, acolham essa participação.

 

 

 

 

 

 

*Murilo Pinheiro – Presidente da CNTU e da FNE.

 

 

 

 

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