Desemprego tecnológico no mundo das tecnologias disruptivas
Em artigo, conselheiro da CNTU coloca em pauta a Internet Industrial das Coisas e tecnologias que já mudam significativamente o mundo do trabalho.
Odontologistas defendem servidores de ataque de Paulo Guedes
Nota de repúdio
A Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), entidade sindical de segundo grau, representativa da categoria dos cirurgiões-dentistas no território nacional, vem manifestar publicamente seu mais veemente REPÚDIO à fala ofensiva do ministro da economia, Paulo Guedes, proferida na última sexta-feira (7/2), quando, ao apresentar a proposta de reforma administrativa do governo Bolsonaro, comparou, de forma espúria, o conjunto dos servidores públicos brasileiros à parasitas.
Tal manifestação do ministro demonstra, mais uma vez, de forma inequívoca, a dimensão do ódio e do desprezo, do governo Bolsonaro, aos 12 milhões de servidoras e servidores que, mesmo sob precárias condições de trabalho, dedicam, cotidianamente, seus esforços para oferecer, da melhor forma possível, ações e serviços públicos de qualidade à população brasileira.
Não resta dúvida, que a ofensa de Paulo Guedes, não foi manifestação à toa, extemporânea ou impensada. Pelo contrário, a ação do ministro segue a linha estratégica do governo Bolsonaro que tem como meta, neste primeiro semestre, aprovar um conjunto de emendas constitucionais (PEC 186, 187, 188) que, além de pôr fim aos pisos da saúde e da educação pública, acabam com a estabilidade no serviço público e possibilitam a redução em 25% dos salários dos servidores.
Consciente de que o conjunto das e dos servidores não aceitarão inertes um ataque destas dimensões e que já estão preparando um grande dia de lutas para o dia 18 de março, o governo Bolsonaro, através de Paulo Guedes, prepara com esta ação, de forma antecipada, uma campanha difamatória que visa colocar a população contra os servidores públicos.
Ao invés de atacar os servidores, é necessário que o ministro e banqueiro Paulo Guedes venha explicar à população, as suspeitas levantadas contra ele, pelo MPF, de fraude aos fundos de pensão de estatais, que, segundo órgãos de imprensa, ensejaram a abertura de investigação por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) e, principalmente, venha divulgar quem são os reais beneficiários dos mais de R$ 400 bilhões, pagos, em 2019, pelo sistema da dívida pública brasileira e dos mais de R$ 300 bilhões da política de renúncia/isenção fiscal do governo Bolsonaro.
Mas, mais importante do que isso, é fundamental que o conjunto da classe trabalhadora cerre fileiras no sentido de enfrentar o verdadeiro parasitismo representado pela política econômica ultraliberal de Guedes e Bolsonaro que tem servido de forma extremamente eficaz para aprofundar a desigualdade social, rebaixar a renda média dos trabalhadores e ampliar os índices de miséria da população e de informalidade e precarização do trabalho.
* presidente da FIO
Artigo - Empenho e solidariedade
Depois de acontecida, sem incidentes, a manifestação das centrais sindicais na Av. Paulista em defesa dos empregos, dos direitos e contra a desindustrialização, as atenções do movimento sindical devem voltar-se à solidariedade com os petroleiros em greve.
Em pelo menos 10 estados por determinação da FUP [Federação Única dos Petroleiros] e das assembleias sindicais dos trabalhadores não houve troca de turnos a partir da zero hora do sábado, dia 1º de fevereiro. Agora, segundo informação da FUP, pelo menos oito mil trabalhadores cruzam os braços.
Na sexta-feira, dirigentes da FUP encarregados da negociação com a Petrobras ocuparam e se mantém até agora em suas dependências administrativas no Rio de Janeiro, derrotando com o apoio da Justiça as artimanhas da empresa.
E na fábrica de fertilizantes de Araucária (Fafen-PR) depois de uma intempestiva ordem de demissão os trabalhadores (diretos e terceirizados) ocuparam a empresa, denunciaram os riscos de sua operação precária e fazem um acampamento nas imediações da Fafen, tentando impedir o seu fechamento pretendido pela Petrobras.
A greve dos petroleiros da FUP (que deve ser engrossada com a participação dos petroleiros da FNP que estão realizando assembleias em suas bases) tem dois eixos principais de orientação:
1- Solidariedade aos demitidos e grevistas da Fafen de Araucária, contra seu fechamento;
2- Exigência de que a Petrobras respeite o acordo coletivo de trabalho e negocie com as direções sindicais.
A empresa tem se recusado, com pretextos diversos, a rediscutir a situação da Fafen e se engajar com lealdade nas negociações. Tem conseguido que a grande mídia (com a rara exceção de uma matéria no Valor) faça cair sobre o movimento uma cortina de silêncio que precisa ser levantada.
As direções sindicais e os ativistas devem prestar urgente e empenhada solidariedade aos grevistas e aos trabalhadores da Fafen, organizando uma corrente de donativos para o Paraná e divulgando nas bases o empenho de luta dos petroleiros da FUP e da FNP.
*Consultor sindical
Gerar empregos decentes é a prioridade
"Não avançaremos em direção a uma nação próspera, desenvolvida e justa fazendo de conta que bico é empreendedorismo e que regressão social e retirada de direitos são soluções modernas”, aponta presidente da CNTU em artigo.
Artigo - O povo despreza o Congresso, os partidos e a imprensa. Por quê?
As instituições mais confiáveis, segundo pesquisa, são: bombeiros (29,1%), igreja (25,8%), Forças Armadas (11,7%) e polícia (7,1%). Dados revelam, em grande medida, onda conservadora e punitivista em curso.
Ilustração: Maringoni