Na luta pela jornada de 30 horas para nutricionistas
O Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo (Sinesp) deu mais um passo rumo à aprovação do Projeto de Lei nº 6.819/2010, que garante aos nutricionistas o direito à jornada semanal de 30 horas e insalubridade.
Feira da Reforma Agrária começa nesta quinta em São Paulo
Começa nesta quinta-feira (3/5), a 3ª Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo. O local mais uma vez será o Parque da Água Branca, zona Oeste da capital paulista.
Imagem: Divulgação
Presidente dos Economistas relembra que Getúlio Vargas salvou a profissão
A profissão de economista estava ameaçada. Na elaboração da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), em 1943, os economistas iam perder a exigência de nível superior, o que geraria um forte retrocesso para a categoria. Era preciso fazer alguma coisa e falar com quem tinha poderes pra resolver.
Quem decidiu fazer isso foi o jovem estudante de economia Jamil Zantut (anos mais tarde, desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região – TRT-SP). Ele ligou para o Catete, alegando que haveria uma greve geral em São Paulo, no dia seguinte, e que precisava falar com o presidente Getúlio sobre isso.
A telefonista pediu que aguardasse na linha e minutos depois o próprio Getúlio estava ao telefone. O estudante Jamil decidiu contar a verdade: não havia greve alguma, apenas a ameaça à condição profissional dos economistas. Getúlio escutou, fez perguntas e, ao final, avisou: – Ouçam hoje a Voz do Brasil.
Reunidos em uma república (na rua Conselheiro Crispiniano, Centro, São Paulo - SP), os estudantes aguardaram a fala do presidente e ouviram Getúlio, na Voz do Brasil, anunciar as profissões de nível superior que seriam contempladas na CLT. Entre elas a de Economista.
Essa história foi contada por Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (Sindecon-SP), no último dia 19/4, data em que Getúlio Vargas completaria 136 anos, ao programa Repórter Sindical na Web, na TV Agência Sindical. “Getúlio também ouvia aos trabalhadores. Ouvia o povo”, ressalta o dirigente durante a entrevista.
>> Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.
Fonte: Agência Sindical
Opinião - Guerra é guerra
Por incrível que possa parecer foi Napoleão Bonaparte que disse a um dos seus confidentes civis que “tudo na guerra é opinião”.
E, se tudo na guerra é opinião, a estratégia é um ponto de vista, ou seja, uma maneira de impulsionar as coisas que já vêm se desenvolvendo com suas dinâmicas próprias para melhor consecução de um objetivo.
No movimento sindical brasileiro a grande estratégia tem como objetivo resistir à lei trabalhista celerada criando as condições institucionais futuras para sua revogação ou revisão (agora que a insegurança criada por ela tornou-se um escândalo nacional).
Para que se consiga isto é necessária a unidade de ação de todos os participantes do movimento sindical, desde a base até as cúpulas. Mas é preciso que esta unidade de ação produza atos de resistência (principalmente nas empresas, no embate direto contra a lei e na Justiça do Trabalho), a consolidação de uma plataforma mínima e a organicidade que dê forma ao movimento e demonstre sua relevância social. É preciso que as entidades sobrevivam.
Durante o processo eleitoral deste ano devemos apoiar candidatos que, eleitos, constituam um conjunto de forças aliadas do movimento sindical como aconteceu na Constituinte de 1988 cujos participantes haviam sido eleitos em novembro de 1986.
Quando registrei no último texto três acontecimentos importantes para os rumos do movimento sindical (as reuniões do Fórum Sindical, das centrais sindicais e do Brasil Metalúrgico) destaquei em todos eles uma dinâmica unitária a respeito da pauta (principalmente a resistência à lei trabalhista) e as preocupações organizacionais com projetos de plenárias e congressos nacionais.
Acredito que este ponto de vista – como o de um filme e não apenas o de uma fotografia – esclarece aquilo que deve ser feito estrategicamente neste ano eleitoral.
Sobreviver como entidade, ter como preocupação central a resistência à lei trabalhista, aprimorar as pautas naturais, convergir organicamente as dinâmicas criadas pelos três acontecimentos que narrei e ajudar a eleger aliados, eis o resumo.
Podemos começar desde já a defender a opinião de que o movimento sindical precisa de uma nova Conclat, porque guerra é guerra!
joao guilherme vargas netto
* Consultor sindical