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01/03/10

Depois do terremoto, o tsunâmi

O Chile passou o domingo a contar vítimas do terremoto da véspera e posterior tsunâmi, que chegaram a 711mortes até o início da noite de ontem, e a pensar na reconstrução do país

O Chile passou o domingo a contar vítimas do terremoto da véspera – chegaram a 711 até o início da noite de ontem – e a pensar na reconstrução do país. Mas um novo tremor e o tsunâmi que destruiu parte da região de Bio-Bio e Maule assustaram de novo os chilenos. Em Concepción, o Exército foi acionado para conter saques a mercados. Número de mortos passa de 700 no país andino
Pelo menos 711 pessoas morreram no terremoto e no posterior tsunâmi que atingiram o Chile este fim de semana, informou a presidenta chilena, Michelle Bachelet. O terremoto de 8,8 pontos na escala Richter, sentido na madrugada de sábado, foi seguido por mais de cem tremores secundários de no mínimo 4 graus e deixou um saldo de meio milhão de casas condenadas.
A presidenta reafirmou o estado de exceção e catástrofe no país, para “garantir a ordem pública e acelerar a entrega de ajuda”.
– Há um número crescente de pessoas desaparecidas – destacou Bachelet após presidir uma reunião do Comitê de Emergências, indicando assim que o balanço de vítimas ainda deve aumentar.
Dos 711 mortos, pelo menos 541 se concentram na região de Maule, cerca de 300 km a sul de Santiago, cuja área costeira sofreu um tsunâmi, segundo Bachelet.
O governo chileno ordenou a distribuição gratuita de alimentos nas zonas afetadas, que sofreram uma onda de saques a lojas e supermercados neste domingo.
O governo chileno, especialmente a Marinha, cometeu um erro por ter descartado inicialmente um tsunami na costa do Chile, após o terremoto, admitiu ontem o ministro da Defesa, Francisco Vidal: – Houve um erro – assinalou Vidal após participar de uma reunião do comitê de emergência liderada pela presidente Michelle Bachelet, no Palácio de La Moneda. – A Marinha “cometeu um erro ao não alertar para o tsunami, mas por sorte foi ativado um sistema que a própria unidade tem e isto ajudou a salvar centenas, talvez milhares de pessoas.
Com este sistema, apesar do erro de diagnóstico, foi possível avisar a população, que subiu para as colinas. Sem este aviso, teríamos mais vítimas.
Logo após o terremoto, que ocorreu às 3h43 (hora local e de Brasília), a presidenta Bachelet descartou a ocorrência de tsunâmi na costa chilena e pediu calma à população, mas ondas gigantes varreram uma ampla zona costeira das regiões de Maule e Biobío, epicentros do tremor.
Equipes de socorro corriam contra o tempo ontem em todo o Chile para resgatar vítimas que permanecem presas sob os escombros do violento terremoto que atingiu o país, enquanto o desespero leva sobreviventes a saquear lojas e mercados em busca de comida e água.
A maior dimensão da tragédia pode ser vista na cidade de Concepción, 500 km ao sul de Santiago, onde vivem cerca de 500 mil pessoas.
Como símbolo da tragédia, um prédio de 15 andares e 80 apartamentos tombou, deixando cerca de uma centena de pessoas presas, segundo a prefeita de Concepción, Jacqueline van Rysselberghe: – As horas e o tempo são o fator crítico para salvar as pessoas que estão aqui dentro.
– Foi impressionante, porque os pilares se moviam de um lado a outro, e depois afundou e ficou destruído – contou Ewin Jiménez, um dos sobreviventes, que conseguiu escapar pela janela de seu apartamento.
Nas primeiras horas de domingo, socorristas dos bombeiros conseguiram resgatar três corpos dos escombros da construção, enquanto ainda era possível ouvir gritos de pessoas presas pedindo socorro.
As equipes de resgate começaram a perfurar a estrutura para permitir a entrada de oxigênio em locais onde pode haver vítimas presas.
– Tivemos um dia dramático, com um terremoto que causou danos enormes. Acreditamos que o número de mortos aumentará, devido às pessoas que estão sob os escombros – lamentou Jaime Tohá, intendente da região de Biobío, a mais desvastada pelo sismo.
Se o panorama em Concepción é dramático, a situação das comunidades costeiras afetadas por um tsunâmi no sábado é ainda mais preocupante.
Na vizinha Talcahuano e em Dichato, embarcações foram carregadas para terra firme pela força das águas.
Ao longo de todo o país, a destruição pode ser vista em dezenas de pontes caídas, edifícios derrubados e ruas bloqueadas por escombros, o que dificulta ainda mais a chegada de ajuda.
Na capital Santiago, o aeroporto internacional reabriu ontem. Antes da reabertura plena, a chegada de alguns voos foi permitida, segundo a televisão chilena, uma vez que a pista do aeroporto não foi danificada pelo tremor.
Enquanto isso, a solidariedade internacional se multiplica: neste domingo, o papa Bento 16 disse que reza pelas vítimas e que se sente espiritualmente próximo ao povo chileno.
– Rogo a Deus que dê resignação e valentia neste adversidade – declarou o pontífice na Cidade do Vaticano.
No sábado, vários países anunciaram sua intenção de enviar ajuda ao Chile, enquanto organismos internacionais como o FMI, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento se comprometeram a auxiliar na reconstrução do país.
O terremoto, um dos mais fortes da história, gerou alertas de tsunâmi em toda a costa do Pacífico, sem que tenham sido registrados danos importantes.
Mesmo assim, o Japão e o Havaí organizaram evacuações em massa de suas populações costeiras para evitar mais uma tragédia.

Fonte: Jornal do Brasil



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