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23/02/10

Fabricante de genéricos terá unidade em Cuba

Jornal informa que EMS, 3.ª maior do Brasil, vai fazer parceria para produzir remédios e que isso irrita indústrias farmacêuticas nos Estados Unidos. O investimento será anunciado na passagem do presidente Luiz In&aacu

O jornal O EStado de S. Paulo informa que a EMS, terceira maior empresa de medicamentos genéricos do Brasil, vai instalar uma fábrica em Cuba, segundo informação da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex). O investimento será anunciado na passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Havana, amanhã (24). A fábrica será construída em parceria com a empresa cubana Heber Biotec e a ideia é usar Cuba como plataforma de exportação de medicamentos genéricos para a região. Se a flexibilização das relações americanas com Cuba evoluir - o presidente Barack Obama anunciou liberação no envio de remessas e viagens - Cuba poderia ser usada de plataforma de exportação para os EUA também. O investimento na ilha incluirá transferência de tecnologia cubana para a empresa brasileira. 

A iniciativa pode irritar as indústrias farmacêuticas dos EUA, porque Cuba tradicionalmente tem problemas com respeito à propriedade intelectual. O lobby das indústrias farmacêuticas americanas já está pedindo ao governo de Washington para piorar a classificação do Brasil na lista de países que desrespeitam a propriedade intelectual.

Hoje, o presidentes Lula e seu colega mexicano Felipe Calderón vão relançar as negociações para um acordo de livre comércio. Para o Brasil, um acordo seria interessante para aumentar a influência do País na América Latina. Para o México, pode ser uma maneira de reduzir sua excessiva dependência de exportações para os EUA. 

Mas há alguns empecilhos a serem contornados. O México cobra uma tarifa sobre o etanol brasileiro de US$ 0,36 por litro mais 10% sobre o valor, o que é três vezes mais do que a tarifa cobrada pelos EUA sobre o etanol brasileiro. A indústria mexicana também está resistindo ao acordo, com medo de perder competitividade diante de uma das maiores recessões de sua história. Industriais afirmam que há "assimetrias" entre as indústrias brasileira e mexicana - mesmo argumento usado pela Argentina para impor medidas protecionistas. 

Hoje, Lula tentará mostrar para os empresários que o acordo é bom. Calderón diz que quer firmá-lo até 2012, mas a resistência é enorme. Os empresários estão assustados com o crescimento do Brasil e temem ser engolidos como foram pelos EUA. As discussões, em nível técnico, empacaram, agora vão tentar avançar por meio das negociações políticas. Lula vai dizer aos empresários que, em vez de ficar temerosos, deveriam ficar animados com mais esta porta de comércio que se abre. Os dois países fecharam um acordo em 2002 que reduziu as tarifas de importação de 800 produtos. P.C.M.



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