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12/12/09

Criada Rede Pró Centro-Oeste de Pós-graduação

A partir de 2010, pesquisadores da região Centro-Oeste terão mais apoio para projetos que estudam os biomas do Cerrado e Pantanal

Um acordo assinado pelo ministro da C&T, Sergio Rezende; a secretária de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Maria Paula Dallari; o governador de Goiás, Alcides Rodrigues; os secretários de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Francisco Tarquínio Daltro, e do Distrito Federal, Izalci Lucas; e o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Gilberto José de Arruda cria a Rede Pró Centro-Oeste de Pós-graduação, Pesquisa e Inovação .

Quinze instituições de ensino superior dos três estados e do Distrito Federal participam da rede de pesquisa, que objetiva aumentar o número de pesquisas sobre os dois biomas. A Rede Pró Centro-Oeste terá ainda 452 pesquisadores e 25 instituições públicas e privadas.

 

Rezende disse que a chave para o avanço da ciência e tecnologia é a formação de profissionais qualificados. "A Rede Pró Centro-Oeste vai permitir que os pesquisadores sejam qualificados e que haja mais conhecimento sobre o Cerrado e Pantanal".

 

Outro destaque do projeto é aumentar a quantidade e a qualidade das teses e dissertações sobre biotecnologia e geodiversidade e biodiversidade dos biomas. "A ideia é criarmos mais cursos de doutorados e mestrados em meio ambiente. Entramos agora em uma fase importante: dar sequência e efetividade a esse programa", afirmou o secretário-executivo do MCT, Luiz Antonio Elias.

 

O governador de Goiás, Alcides Rodrigues, ressaltou que a Rede Pró Centro-Oeste veio para ajudar a preservar o Pantanal e o Cerrado. "Faltam pesquisas sobre esses biomas. Não podemos deixar a biodiversidade e os mananciais aquíferos sumirem. Formar massa crítica capacitada é essencial", disse.

 

Recursos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, do MCT e do MEC vão financiar as pesquisas da Rede Pró Centro-Oeste. No entanto, os valores ainda não foram definidos.

 

Áreas temáticas

 

Resultado de um processo de integração e valorização da pós-graduação do Centro-Oeste, a rede terá três grupos temáticos: biodiversidade, biotecnologia e geodiversidade. Todos serão voltados para o desenvolvimento de potenciais da região, como a exploração sustentável dos biomas Cerrado e Pantanal.

 

"São temas construídos ao longo do tempo e identificados como os de maior potencial de desenvolvimento", afirmou ao JC, no mês de novembro, Mara Rúbia da Rocha, coordenadora de pesquisa da Pró-Reitoria de Ensino e Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG), umas das instituições envolvidas no processo de construção da rede.

 

Na área de biotecnologia, por exemplo, a ideia é aprofundar o estudo científico para criação de produtos agrícolas, farmacêuticos e bioensaios. "Os tópicos vão alavancar estudos voltados para o Cerrado e o Pantanal, além de expandir os programas de pós-graduação de diferentes áreas", garante.

 

"Com a formação da rede, damos um grande passo para a integração de projetos e pesquisas que combatam as desigualdades regionais", avaliou o reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de Sousa Junior.

 

A opinião é compartilhada pelo reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, Damião Farias. "O fortalecimento da pós-graduação vai ajudar no enfrentamento das assimetrias sociais e promover o desenvolvimento da região com a interação entre ciência e tecnologia", afirmou.

Para Antonio Ibañez, secretário-executivo adjunto do MCT, a rede vai proporcionar melhor qualificação à pesquisa regional. "O grande objetivo da rede, na verdade, é ampliar os recursos humanos da região Centro-Oeste tanto em termos de quantidade como de qualidade", adiciona.

Fonte: MCT

 



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