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01/12/20

Faculdade de Odontologia da USP comemora 120 anos

Primeiro de dezembro de 1900, cidade de São Paulo. Nesta data, o Estado paulista oficializava o ensino de odontologia.

A então Escola Livre de Pharmácia aprovou a criação da disciplina de Prótese Dentária que, junto a outras matérias, estabelecia o curso de Arte Dentária. Um ano depois, passou a oferecer também o curso de Obstetrícia e, em 1902, ganhou o nome  de Escola de Pharmácia, Odontologia e Obstetrícia de São Paulo.

Em 1933, outra mudança: Faculdade de Farmácia e Odontologia. E já no ano seguinte foi incorporada à nova instituição fundada no Estado: a Universidade de São Paulo. E assim foram os primeiros anos daquela que hoje é conhecida como Faculdade de Odontologia (FO) da USP.

Nestes 120 anos de história, a faculdade ajudou a formar 11 mil cirurgiões-dentistas e cerca de 3.500 mestres e doutores desde que sua pós-graduação foi criada, há 50 anos. Quem vivenciou parte dessa trajetória foi o atual diretor da FO, Rodney Garcia Rocha.

Desde a graduação, são 50 anos participando do dia a dia da faculdade, como professor já se vão 45 anos.  “Acompanhei diversas fases do ensino odontológico. Participei da formação técnico-científica e humana de cirurgiões-dentistas inseridos no mercado de trabalho, onde são reconhecidos e valorizados no País, além de importante inserção internacional.”

A odontologia é a profissão que cuida da saúde bucal das pessoas, com medidas preventivas, curativas e reabilitadoras das doenças da boca. Além do oferecimento de cursos de graduação e pós-graduação, um dos destaques do trabalho da FO é o atendimento à comunidade em diversas especialidades da odontologia. São aproximadamente 148 mil por ano.

Todos os atendimentos dividem-se em setores, os adultos na Clínica Odontológica; as crianças, na Clínica Infantil; e os idosos, no Programa Envelhecer Sorrindo. No caso de pessoas com distúrbios neuromotores, doenças sistêmicas e doenças infectocontagiosas, há o Centro de Atendimento de Pacientes Especiais (Cape).

Para quem apresenta principalmente sequelas de tratamentos oncológicos existe o Setor de Prótese Bucomaxilofacial. No setor de Urgências Odontológicas, é feito o pronto-atendimento de problemas relacionados a dores no complexo bucodental. E o Centro de Atendimento Dentística-Endodontia e Traumatismo Dental (Cade/Trauma) é especializado no atendimento de urgência e também no tratamento dos traumatismos alvéolo-dentários, entre outros.

O Laboratório Especial de Laser em Odontologia (LELO) é responsável por executar principalmente o tratamento e prevenção de mucosite em pacientes submetidos à quimioterapia e radioterapia. A Faculdade de Odontologia ainda participa do atendimento no Hospital Universitário (HU) da USP.  A Divisão de Odontologia do HU fica a cargo do Serviço de Patologia Cirúrgica, centro de referência em diagnóstico anátomo-patológico de lesões bucais.

“Fora o atendimento regular feito na instituição, há também o trabalho realizado pelos estudantes de graduação, tutelados por docentes, nos diversos projetos sociais em comunidades, por todo o País, que necessitam de acolhimento”, lembra Rocha.

Para o diretor, esses projetos são importantes pois revelam vivências na diversidade do País, despertam a cidadania e os integra à realidade socioeconômica da comunidade. “Na mesma linha de interação, mas dentro da comunidade acadêmica, o Congresso Universitário Brasileiro em Odontologia (CUBO), que acontece todos os anos, e é promovido pelo Centro Acadêmico XXV de Janeiro da Faculdade de Odontologia, se mostra um importante momento de aprendizado.”

Conhecendo mais a FO na graduação

Fotos: Divulgação/FOUSPFotos: Divulgação/FOUSP


Para quem sonha com a profissão de cirurgião-dentista e pretende estudar na tradicional Faculdade de Odontologia da USP, tudo começa com a escolha da forma de ingresso. São duas possibilidades: vestibular, organizado pela Fuvest, ou Sisu, sistema de seleção do Ministério da Educação baseado na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Nas duas modalidades, há cotas reservadas para estudantes de escola pública e quem é de escola pública e se autodeclare preto, pardo ou indígena. Lembrando que a USP é uma universidade pública, ou seja, não cobra mensalidades.

O curso de graduação em Odontologia oferecido pela FO possui duas habilitações: integral e noturno. O integral oferece 83 vagas e o noturno, 50 vagas. Além da Faculdade de Odontologia da USP, em São Paulo, a Universidade ainda possui outras duas unidades que oferecem o curso de Odontologia em Ribeirão Preto e Bauru, ambas no interior paulista.

Desde 2009, a faculdade tem reestruturado seu currículo na graduação pensando na odontologia do futuro. Ampliou-se o curso para 10 semestres no período integral (5 anos) e manteve-se o período noturno com 12 semestres (6 anos). “Na sua essência, esta reestruturação passou a oferecer um ensino mais interativo, com ajustes na grade curricular, nas cargas horárias, nos conteúdos das disciplinas, nas metodologias de ensino, com inserções de disciplinas de cunho formativo sociais e valorização da cidadania”, detalhou o diretor da FO.

Atualmente, a unidade conta com 133 professores e 168 servidores administrativos, operacionais e técnicos distribuídos nos sete departamentos de ensino: Biomateriais e Biologia Oral (ODB); Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilofaciais (ODC); Dentística (ODD); Estomatologia (ODE); Odontologia Social (ODS); Ortodontia e Odontopediatria (ODO); e Prótese (ODP).

Continuando a formação

Quem finaliza a graduação e busca aperfeiçoamento profissional ou carreira acadêmica pode continuar sua formação através da pós-graduação. Na modalidade stricto sensu (mestrado e doutorado), são três programas: Ciências Odontológicas, Odontologia e Diagnóstico Bucal, Radiologia Odontológica e Imaginologia.

 “Os programas contribuem para a formação de vários docentes e pesquisadores da própria faculdade, e também resultaram na formação de grupos de excelência, nucleados por egressos, em outras instituições de ensino e pesquisa, no Brasil e no exterior”, afirma o professor Rodney Garcia Rocha.

Até 2019, foram titulados nos programas de pós-graduação acadêmicos 1.190 doutores, incluindo aqueles que cursaram o doutorado interinstitucional com as Universidades Federais do Pará e Piauí, além da Universidade Central do Equador.

Também foram 2.118 mestres, computando-se os interinstitucionais com as Universidades Federais do Pará e Mato Grosso do Sul. Além de 165 pelo mestrado profissional de Lasers em Odontologia e 55 pelo mestrado profissional interunidades em Formação Interdisciplinar em Saúde, com as participações da Faculdade de Saúde Pública (FSP) e da Escola de Enfermagem (EE)  da USP.

A pós-graduação também passou por mudanças com flexibilização da estrutura curricular, adequações nas linhas de pesquisa, nos respectivos projetos, e aperfeiçoamento no credenciamento de orientadores para o mestrado e doutorado. Segundo o diretor da FO, as parcerias foram ampliadas para o desenvolvimento de projetos de pesquisa com participação de estudantes com outras unidades da USP, como a Faculdade de Medicina, o Instituto de Ciências Biomédicas, o Instituto de Química, a Escola Politécnica, o Instituto de Física, a Odontologia de Bauru, e com o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o Instituto de Câncer A.C.Camargo.

Fora do País, os convênios incluem universidades de Copenhagen (Dinamarca), Hong-Kong, Aachen (Alemanha),  Aarhus (Dinamarca), do Porto (Portugal), Illinois (Estados Unidos), Central do Equador; Peru e do Reino Unido.

“Ainda aumentou-se a realização de estágios e de pós-doutorado de docentes no exterior, por meio do Escritório de Apoio Institucional à Pesquisa, a infraestrutura e o apoio a docentes e estudantes em seus projetos de pesquisa e nos auxílios por agências de fomento”, destaca Rocha.

Pesquisar para avançar

De 2010 a 2019, os pesquisadores da FO publicaram 2.680 artigos em periódicos nacionais e internacionais; 2.171 trabalhos em eventos científicos; 302 capítulos de livros e 130 livros publicados ou organizados. As publicações são o resultado das pesquisas realizadas para desenvolver diferentes técnicas, materiais, tratamentos, entre outros, na área odontológica.

A faculdade conta com 30 laboratórios nos quais são produzidos conhecimento em diversas especialidades. Entre eles o de Biologia Oral, Biomateriais, Células-Tronco, Lasers, Odontologia Forense, Patologia Bucal, Odontopediatria e Ortodontia. Foi implantado ainda o Centro de Pesquisas Clínicas (Cepec) e criou-se o Laboratório Multidisciplinar de Pesquisa.

Quanto à pesquisa, desenvolvida com viés na cultura e extensão, e realizada por docentes e estudantes de pós-graduação e graduação, houve um incremento principalmente naquelas associadas a levantamentos epidemiológicos, nas estratégias de políticas públicas em saúde bucal, como modelos de atendimento clínico, nas avaliações técnicas e metodologias em avanços e otimizações de serviços à comunidade.

Em outros segmentos de atuação, das atividades de cultura e extensão, houve também um aumento no oferecimento dos cursos de extensão, ministrados em convênio com a Fundação da Faculdade de Odontologia. “Atualmente, temos 29 turmas de especialização, três de práticas profissionalizantes, 31 de programas de atualização e cinco de difusão. Também neste ano, foi instituída a modalidade de Ensino a Distância (EaD), com sete cursos de difusão e um de aperfeiçoamento”, detalhou o diretor.

Para conhecer mais a Faculdade de Odontologia (FO) da USP, em São Paulo, e sua história, é possível acompanhar o site em comemoração aos 120 anos. O portal ainda traz fotos históricas e das turmas formadas na faculdade.



Fonte: Jornal da USP



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