Antes tarde do que nunca
João Guilherme Vargas NettoRegistro, com atraso, o sucesso do ato unitário do movimento sindical para homenagear as vítimas da ditadura, realizado em São Bernardo, em 1º de fevereiro.
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Não pude comparecer para me emocionar com as homenagens, mas comprovei, pelas fotos e reportagens, a grandiosidade do evento.
A faixa “Unidos, Jamais Vencidos” levava a assinatura, pela ordem, da CGTB, CSB,CSP,CTB,CUT,FS, Intersindical I, Intersindical II, NCST e UGT; a sopa de letras é o registro da unanimidade das lideranças sindicais.
A dra. Rosa Cardoso, da Comissão Nacional da Verdade e coordenadora do GT 13 enfatizou a história sofrida do povo brasileiro e de nossa democracia, agredidos desde sempre por “civis e militares que não queriam o povo na política”.
Destaco o trabalho sério e persistente dela, como comissária, para obter informações novas e pertinentes, para garantir a agregação aos trabalhos da CNV dos múltiplos trabalhos de outras comissões da verdade e organizar a participação dos trabalhadores acolhendo suas manifestações. Por todos esses esforços (pelos quais foi homenageada pela CNTU) e pelo seu empenho acolhedor ao movimento sindical, a dra. Rosa granjeou a simpatia de todos, transformando-se numa verdadeira unanimidade para o movimento sindical que é avaro em unanimidades. Na minha vida conheci apenas duas e que estavam, por coincidência, presentes no ato do dia 1º: Walter Barelli e a dra. Rosa Cardoso.
Os trabalhos já realizados pela CNV e os desenvolvidos pelo movimento sindical justificam sua existência. Os dirigentes sindicais, interessados em passar a limpo a história para não deixar que os erros se repitam os endossam.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical da CNTU
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