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09/09/13

Davos faz um diagnóstico errado do Brasil, diz economista

Clemente Ganz Lúcio rebate recomendação de seu colega do Fórum Econômico Mundial de liberalização do mercado de trabalho e diz que é preciso reduzir a informalidade.

O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e membro do Conselho Consultivo da CNTU, o economista Clemente Ganz Lúcio, discorda da avaliação que seu colega do Fórum Econômico Mundial, Benat Bilbao, fez sobre o Brasil. Um dos autores do Relatório de Competitividade Global de 2013–2014, . Bilbao recomentou uma reforma trabalhista e disse em entrevista à Agência Brasil que o país precisa reduzir os encargos trabalhistas, facilitar demissões e tornar os salários mais compatíveis com a produtividade do empregado.

 Ganz Lúcio afirma que o diagnóstico do Fórum Econômico Mundial está errado e reflete um desconhecimento em relação à realidade do Brasil. “O mercado de trabalho brasileiro é flexível, com rotatividade média de 40% [40% dos trabalhadores trocam de emprego em um ano] e grande informalidade. Uma forma de melhorar a produtividade seria reduzir a informalidade e a rotatividade”, alega.

Ele questiona os fatores que determinam a competitividade de um país. Ele ressalta que, na Alemanha, quarta colocada no ranking, os salários são cinco vezes maiores que no Brasil e existem dificuldades para demitir um empregado. “A Alemanha é um país com mercado interno forte, renda alta e que investe em inovação e tecnologia. Daí vem a produtividade deles, não da precarização do mercado de trabalho”, destaca.

Para Ganz Lúcio, o Brasil deve atuar em outras frentes para aumentar a competitividade da economia, como melhorar a qualidade das instituições e investir em educação e em tecnologia. Essas recomendações também foram sugeridas ao Brasil no relatório do Fórum Econômico Mundial.

O diretor do Dieese reconhece que a produtividade da economia brasileira caiu nos últimos anos, mas não por causa de perda de competitividade e, sim, pela queda da demanda provocada pelo baixo crescimento econômico. “Isso está relacionado ao próprio conceito de produtividade, que é volume produzido por tempo trabalhado. A produção cresceu menos, mas os empresários não demitiram. Daí uma queda meramente conjuntural”, diz.

Divulgado na última terça-feira (3), o Relatório de Competitividade Global de 2013–2014 classificou o Brasil em 56º lugar entre 148 países analisados no ranking de competitividade internacional. O país caiu oito posições em relação ao ano passado. O Fórum Econômico Mundial atribuiu a queda à piora de indicadores macroeconômicos, ao aperto no crédito e, principalmente, à falta de reformas estruturais.

Fundado por acadêmicos e executivos de empresas, o Fórum Econômico Mundial é uma organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de melhorar o ambiente de negócios e debater os principais problemas do mundo. Todos os anos, a organização promove um encontro em Davos, nos Alpes Suíços, que reúne líderes mundiais, empresários, intelectuais e jornalistas. O Fórum Social Mundial nasceu em 2001 em contraponto a esse fórum, reunindo representantes de movimentos sociais e organizações da sociedade civil do munto inteiro, defendendo alternativas ao modelo neoliberal e afirmando que "outro mundo é possível" (Com informações da Agência Brasil

 



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