Médicos baianos dizem não ao ponto eletrônico
Em assembléia, profissionais da Secretaria de Saúde decidiram encaminhar documento ao governo questionando a obrigatoriedade e, até lá, pretendem deixar de registrar o ponto
Uma deliberação dos médicos da Secretaria de Saúde da Bahia, que fizeram assembléia na última semana, deve ter impacto imediato sobre o cotidiano dos profissionais no serviço público. Em assembléia pautada para discutir o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) e o ponto eletrônico nas unidades da rede própria, os participantes decidiram que não vão mais fazer esse registro.
As entidades médicas vão enviar ofício aos secretários da Saúde e da Administração explicando os diversos problemas que vem sendo enfrentados nessa nova modalidade de aferimento da presença. E até que se obtenha uma resposta do governo a orientação geral é que o ponto eletrônico deixe de ser registrado.
Ainda sobre a obrigatoriedade do ponto, será elaborado e encaminhado uma análise jurídica sobre isonomia do ponto com outras categorias do serviço público. A assembleia entendeu que é preciso discutir o porquê da obrigatoriedade do ponto para os médicos.
Após a deliberação sobre o ponto, o diretor do Sindimed, Luiz Américo Câmara, fez uma explanação sobre os diversos problemas e queixas assinaladas pelos médicos no processo de implementação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) e informou sobre o diálogo que vem ocorrendo com o governo para garantir que o PCCV produza todos os efeitos negociados na fase de construção coletiva do plano. Ele informou também que o sindicato não descarta a judicialização de casos em que o diálogo não assegure o direito dos médicos.



