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11/07/13

CNTU participa de ato na Avenida Paulista

Dia Nacional de Lutas aconteceu em todo o País. Confederação levou para as ruas bandeiras unificadas do movimento sindical que defendem valorização do trabalho e melhores condições de vida à pop

Palco de inúmeras manifestações ao longo do mês de junho, a Avenida Paulista abrigou também o ato das centrais que marcou na cidade de São Paulo o Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, realizado em 11 de julho.  A atividade, que reuniu cerca de 7 mil pessoas, contou com o apoio e a participação da CNTU.  “Esse é um ato a favor do trabalho, de dignidade no emprego e do cidadão brasileiro. É uma luta de todos nós, brasileiros”, afirmou o presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro. 

Confira aqui mais fotos do ato unificado das centrais sindicais na Avenida Paulista

As reivindicações incluíam redução da jornada de trabalho de  44 para 40 horas semanais; fim do fator previdenciário (coeficiente que diminui o valor do benefício levando em conta a expectativa de vida) e melhoria das aposentadorias; não à terceirização prevista no Projeto de Lei 4.330; destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e de 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; reforma agrária; e suspensão dos leilões de petróleo.

Em torno dessa pauta, aconteceu a mobilização que contou comparalisações durante todo o dia ou parte dele, protestos com interrupções de rodovias e atos de rua.  “Em 24 horas, houve no Brasil inteiro manifestações importantes de formas variadas, que envolveram pelo menos 11 milhões de trabalhadores. A pauta trabalhista hoje é nacionalmente visível”, avalia o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto.  

Como resultados mais imediatos das ações do movimento sindical, ele destaca o PL 4.330, da terceirização, que mesmo antes de 11 de julho havia sido retirado da pauta da Câmara dos Deputados. Além disso, afirmou, há compromisso do Congresso de derrubar o fator previdenciário, caso o governo não aceite a solução prevista no projeto substitutivo de autoria do deputado Pepe Vargas (PT/RS). Esse mantém a redução do benefício para quem deseja se aposentar sem a idade mínima, mas institui como alternativa as fórmulas 95 e 85, que somam a idade ao tempo de serviço, respectivamente para homens e mulheres, e eliminam o redutor. 

Em reunião de avaliação do movimento no dia seguinte, 12 de julho, as centrais decidiram marcar para 30 de agosto o Dia Nacional de Paralisação, caso não haja resposta positiva por parte do Governo às reivindicações. 


Trabalhadores nas ruas

Durante o ato, Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), afirmou que a mobilização foi “um alerta a todos os governantes, dos prefeitos à presidente Dilma, que chegou a hora da pauta dos trabalhadores”.  

José Maria de Almeida, da coordenação nacional da Central Sindical e Popular – Conlutas, foi na mesma linha: “O que os trabalhadores estão dizendo é que acabou a paciência. O Governo Dilma tem muita presteza para atender  o pedido dos bancos, do agronegócio, das grandes empresas, mas tem empurrado com a barriga as demandas da classe trabalhadores.  Estamos aqui para  dizer a Dilma, a Alckmin, aqui em São Paulo, e aos prefeitos que não vamos mais suportar essa situação.”  E concluiu: “Se esse protesto não bastar, o próximo passo é uma greve geral.”

O plano de uma paralisação nacional foi corroborado também pelo presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira (PDT-SP). “Hoje, milhões não foram trabalhar, outros foram para as ruas protestar. São manifestações pacíficas, com pauta única. Esperamos que sirvam para que a presidente possa atende essas reivindicações. Caso contrário, vamos trabalhar com a ideia de fazer outras e evoluir para uma greve geral no País.”  

Na visão do presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, se não houver mudança na atitude da chefe do Executivo a saída também pode ser essa: “Já estamos negociando essa pauta há dois anos com o governo e não sai do lugar. Vamos voltar a conversar, se não resolver, a tendência é marcar uma greve geral.”  Presidente estadual da Nova Central Sindical (NSC), Luiz Gonçalves, também defendeu a paralisação nacional. “Se não formos atendido, vamos chegar a uma greve geral com certeza.”

Independentemente do próximo passo a ser dado, os trabalhadores manterão a mobilização, afirmou Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da Central Geral dos Trabalhadores  do Brasil (CGTB). “Essa luta que não começou hoje, também não para hoje”.

Wagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), informou que um fracasso no esforço de negociação em torno do PL 4.330 pode desencadear novas mobilizações. “Se não chegarmos a um acordo, os empresários vão querer votar. Aí vai de novo a nossa luta titânica para impedir que isso aconteça.” 

Gilmar Mauro, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), defendeu que a tônica seja  “nem um passo atrás nas conquistas”. Segundo ele, para tanto, é preciso “unificar a pauta coletiva e colocar povo organizado na rua".



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