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28/04/15

As redes da liberdade e a liberdade na rede

Editorial do Instituto Telecom defende que o Marco Civil da internet seja tema de luta no 1º de Maio, para que a a chave geral da rede de comunicações não fique exclusivamente nas mãos do mercado ou dos provedores de conteúdo e/ou busca.

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Na próxima sexta-feira, 1º de Maio, Dia do Trabalhador, além das lutas importantes contra o PL das terceirizações e por menores jornadas de trabalho e melhores salários, os trabalhadores em particular e a sociedade de modo geral, têm que refletir sobre o novo momento da era da informação. A bola da vez é a Internet. Muitos acreditam que a grande rede terá impactos surpreendentes sobre as relações de trabalho, em favor dos trabalhadores. Será?

 Se olharmos apenas pelo lado de cada corporação, é evidente que os trabalhadores com suas lutas obtiveram conquistas pontuais contra os detentores do capital. O que isso, no entanto, significou em relação ao controle da informação e das redes pelas quais as informações  trafegam?

No livro Impérios da Comunicação, o americano Tim Wu tenta demonstrar que várias inovações na história, como o telefone, o rádio, a TV e o cinema nasceram livres das amarras do mercado. “Cada qual era um convite ao uso irrestrito e à realização de experiências inovadoras, até que a tendência de concentração do mercado predominasse”.

A internet, que nasceu livre, está sofrendo modificações promovidas por empresas que, cada vez mais, monopolizam setores importantes, como a da busca de dados. O Google, por exemplo, está sempre aperfeiçoando seu mecanismo de pesquisa, numa disputa por um espaço dominado por empresas americanas. Pouquíssimas empresas, hoje, são capazes de desafiar o poder dos EUA na internet.

Neste momento, no Brasil, há uma grande batalha no que diz respeito à regulamentação do marco civil da internet. O grande capital se movimenta para garantir, mais uma vez, o controle sobre as redes de comunicação, de maneira a impedir que a sociedade avance no caminho da liberdade de expressão e que os maiores ganhos sejam assegurados aos trabalhadores.

Por isso, esse Dia do Trabalhador deve ser, também, o da luta para que a chave geral da rede de comunicações não fique exclusivamente nas mãos do mercado ou dos provedores de conteúdo e/ou busca. Como nos vários exemplos históricos nos quais a tecnologia prometia uma nova sociedade, mais culta e mais igualitária, não podemos deixar esse processo nas mãos daqueles que apenas pensam em enriquecer controlando estas redes. O Estado é um elemento fundamental a ser pressionado para que a maioria da sociedade, ou seja, os trabalhadores, sejam os mais beneficiados.

Instituto Telecom



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