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18/04/13

Centrais organizam mobilização contra o aumento dos juros

Ato realizado na quarta-feira (17), por todo país, serviu para demonstrar a insatisfação dos trabalhadores com os rumos da discussão e ajudar a esclarecer a população sobre as consequências negativas qu

Na manhã da quarta-feira (17), a Avenida Paulista foi palco de um protesto de centenas de trabalhadores, convocados pelas centrais sindicais (CTB, FS, NCST e UGT), contra o aumento dos juros, defendido por alguns economistas sob o argumento de conter a inflação. Os atos ocorreram em todo o país. Na tarde de quarta, o Copom - Comitê de Política Monetária anunciou o aumento da Selic em 0,25%

Em São Paulo, os sindicalistas assaram sardinhas e tomates diante da sede do Banco Central, cujo Comitê de Política Monetária (Copom) que no momento estava reunido para definir a nova taxa básica (Selic). Participaram bancários, metalúrgicos, marceneiros, condutores, professores, servidores, entre outros.

Para Wagner Rodrigues, secretário-geral da CTB São Paulo e presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, o protesto além de alertar a população para o que está em jogo, serviu para demostrar a insatisfação dos trabalhadores com os rumos da discussão. “Queremos acabar com a especulação, que atrasa nosso país e prejudica a classe trabalhadora. Queremos mostrar isso para a população que não compreendeu esse tipo de protesto que fazemos hoje. Mostrar que se os juros aumentarem podem ocorrer demissões e, por consequência, aumento do desemprego. Então esse é um processo de esclarecimento que temos que multiplicar para unificarmos ainda mais essa luta”, ressaltou o dirigente.

Copom reunido

A terceira reunião do Copom neste ano teve início na tarde da última terça-feira (16). A segunda parte da reunião foi realizada nesta quarta-feira, quando foi anunciada a decisão, que por 6 votos a 2, aumentou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. 

O último reajuste tinha sido em julho de 2011, quando a taxa passou de 12,25% para 12,5% ao ano. No mês seguinte, a Selic começou a ser reduzida sucessivamente até atingir 7,25% em outubro do ano passado, o menor nível da história. Nas três reuniões seguintes, o Copom optou por não alterar a taxa.

Em um evento realizado na terça-feira, a presidenta Dilma Rousseff disse que um eventual ajuste para conter a inflação no Brasil não deixará os juros em patamares elevados. "Hoje, nós temos uma taxa de juros real bem baixa. Qualquer necessidade para combater a inflação será possível fazer em patamar bem menor", disse Dilma, que destacou que o governo atacará a inflação de forma sistemática.

Para Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB nacional, o governo não pode fraquejar e atender aos interesses dos banqueiros. "Elevar a taxa faz parte de um conjunto de ações conservadoras, que também incluem valorização do câmbio e do superávit primário. A provável elevação dos juros atenderá aos desejos do mercado financeiro, que também defende a redução do número de empregos e dos aumentos reais de salários”, destacou Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB nacional.

Nivaldo lembrou que o governo Dilma tem adotado uma série de medidas no sentido de retomar o crescimento como o rebaixamento da energia elétrica, estímulos a produção industrial, mas que, sem uma mudança na macroeconomia o país não alcançará a retomada do crescimento. “Sempre que se aumenta os juros a pretexto de combater a inflação o que nós temos na verdade é a desaceleração da economia, diminuição no número de empregos e dificuldade , inclusive, do setor produtivo em investir mais. Por isso juros altos no país nunca mais”, reafirmou o vice-presidente da CTB.

Unidade

Durante as intervenções, os sindicalistas lembraram que a inflação atual, alavancada pelos alimentos, não é provocada pelo crescimento da renda dos trabalhadores ou da massa salarial nem será debelada por medidas de política monetária.

“Não é uma eventual alta da Selic que vai solucionar este problema, cujas causas estão associadas a outros fatores, inclusive de origem externa”, afirmou Francisca Pereira, vice-presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores de São Paulo) e dirignete da CTB-SP. “Esperamos que o Copom seja sensível ao grito da classe trabalhadora. Reafirmamos nossa defesa por um projeto de desenvolvimento com valorização do trabalho e para isso precisamos de uma política macroeconômica que reduza a taxa de juros. Porque o caminho é esse: reduzir os juros, para que nosso país se desenvolva cada vez mais”, frisou Francisca.

Durante todo o ato, participaram também parlamentares que enfatizaram a unidade dos trabalhadores. “Foram os trabalhadores que deram a grande força para que a presidneta Dilma Rousseff fosse eleita, por isso, não pode virar as costas para os trabalhadores. Mas só conseguiremos conquistar e avançar nessa pauta com muita mobilização para termos força para pressionar o governo”, declarou o deputado estadual Alcides Amazonas (PCdoB).

Fonte: Portal CTB

 



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