Teles reclamam coordenação com energia e rodovias
Convidadas a discutir os problemas do setor de telecomunicações no país, mas com especial destaque à Região Norte, as operadoras dividiram responsabilidades com outros segmentos de infraestrutura e cobraram especial
“Falta coesão estrutural, uma coordenação que leve em conta não apenas telecomunicações, mas o setor elétrico, as estradas de rodagem. Não há coordenação logística como, por exemplo, quando tenho que quebrar uma rodovia já entregue para passar fibras, algo que poderia ter sido feito conjuntamente.”
A queixa, explicitada pelo diretor de relações institucionais da TIM, André Rosa, não foi isolada na reunião de quinta-feira, 31/10, na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Executivos também procuraram compartilhar responsabilidades nos problemas.
“Na Região Amazônica, onde temos o maior sistema auto geração do mundo, 75% das falhas se devem à interrupção do fornecimento de energia”, afirmou o diretor de relações instituições da Telefônica/Vivo, Enylson Camolesi. “São problemas que inclusive reduzem a vida útil dos equipamentos”, emendou.
No conjunto, as operadoras confiam que pelo menos alguns estados como Pará, Amazonas e Amapá sentirão em breve melhorias na qualidade dos serviços por conta da entrada em operação das fibras ópticas que fazem parte do Linhão de Tucuruí.
Paralelamente, a Oi promete para abril do próximo ano a conexão do Amapá – a partir de Macapá para o norte do estado, com a Guiana Francesa, o que significará uma nova saída, com acesso pelos cabos submarinos Americas II, a partir de Caiena para os Estados Unidos.