Homens pelo fim da violência
Presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, adere à campanha #souhomemdeverdade e diz que é preciso esclarecer a sociedade sobre os males da violência contra a mulher, com campanhas de conscientização, a&cce
Este é o slogan da campanha lançada no último dia 01º para mostrar que a luta pelo fim da violência contra a mulher não é uma ação contra os homens. Pelo contrário, é uma campanha feita por homens e mulheres. A iniciativa do Banco Mundial conta com a participação de personalidades nacionais e rapidamente teve a adesão de centenas de pessoas através das redes sociais. O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, também mandou o seu recado.
De acordo com levantamento presente no Mapa da Violência 2012 – Homicídios de Mulheres no Brasil, a mais completa e recente pesquisa sobre o tema, uma em cada cinco mulheres brasileiras consideram já terem sofrido violência dentro de casa. Em 80% dos casos, os agressores são namorados e maridos. Os dados alarmantes indicam que, a despeito das recentes conquistas femininas, muitas brasileiras ainda enfrentam um cotidiano de medo, violência e sofrimento.
A campanha Homem de Verdade não bate em Mulher contou inicialmente com a contribuição de dez personalidades masculinas – entre as quais os atores Cauã Reymond, Gabriel Braga Nunes, Thiago Fragoso, Rodrigo Simas e o judoca Flavio Canto. O objetivo é acabar com o estigma de que a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, é uma legislação contra os homens. Nenhum dos participantes cobrou cachê para fazer a campanha. A única participante mulher é a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que dá nome à legislação.
Para o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, o combate a violência doméstica se dá fundamentalmente em duas frentes. “É preciso esclarecer a sociedade sobre os males da violência, com campanhas de conscientização, ações nas escolas desde a educação fundamental até a universidade, debates públicos. Mas, é fundamental que o Estado cumpra o seu papel aplicando políticas públicas que enfrentem a violência, com punições severas aos agressores, para mostrar que a agressão as mulheres é sim um crime, políticas que garantam que as mulheres possam denunciar as agressões, apoio psicológico entre várias outras medidas. Neste sentido, o conjunto de ações previstas na Lei Maria da Penha se constituem em uma referência internacional para o combate à violência doméstica. É preciso avançar na sua implantação e mostrar que esta é uma lei que beneficia toda a sociedade, homens e mulheres”, avaliou Ronald que também aderiu ao chamado da campanha.
“A igualdade entre os gêneros é fundamental para o desenvolvimento e a produtividade econômica. A questão também envolve meninos e homens. Os homens não perdem nada quando os direitos femininos são promovidos. Ao contrário, estudos indicam que relações equilibradas são boas para as mulheres, homens e famílias”, disse Deborah L. Wetzel, diretora do Banco Mundial para o Brasil. “Por isso o Banco Mundial está promovendo uma campanha para engajar os homens. A Lei Maria da Penha não é uma legislação contra eles, mas por um futuro melhor para todos”.
Participe também! Poste sua foto nas redes sociais e inclua a hashtag #souhomemdeverdade. Vamos nos unir pelo fim da violência contra a mulher!
Fonte: Fenafar
+ Notícias