Texas prepara inauguração de biblioteca sem papel
A instalação piloto será inaugurada em San Antonio e terá 1.000 títulos e 150 e-readers
Nos próximos meses, um condado do Texas abirá uma das primeiras bibliotecas públicas totalmente digitais dos Estados Unidos, informa The Wall Street Journal. Nela, as pessoas terão acesso aos livros baixando-os para seus aparelhos eletrônicos pessoais ou emprestando e-readers da instituição.
Há ceticismo quanto ao sucesso da iniciativa do Condado de Bexar, que inclui a cidade de San Antonio, diz o Journal, principalmente por conta do fato de que vários dos livros mais procurados em bibliotecas ainda não têm edição digital para biblioteca e, entre os que têm, os preços são muito mais altos que os das edições em papel.
Infográfico publicado no diário americano mostra que no caso de “Cinquenta Tons de Cinza”, por exemplo, uma edição digital para o consumidor sai por US$ 9,99, mas a edição virtual para bibliotecas chega a custar quase cinco vezes mais: US$ 47,85.
Outros críticos na iniciativa lembram que o público tende a fazer pressão para que as bibliotecas preservem os livros de papel.
O funcionário público eleito mais graduado de Bexar, Nelson Wolff, é um bibliófilo que coleciona primeiras edições e não possui um e-reader. Ele, no entanto, se considera “um fóssil”.
O Condado de Bexar não conta com um sistema próprio de bibliotecas públicas, e a decisão foi de abrir bibliotecas digitais em áreas onde faltam bibliotecas tradicionais.
A instalação piloto será inaugurada entre abril e junho na zona sul de San Antonio e contará com cerca de 1.000 títulos, além de 150 e-readers que os usuários poderão levar para casa, sendo 50 especialmente projetados para crianças. Também será possível emprestar livros por acesso remoto. Dentro do prédio haverá 25 laptops, 25 tablets e 50 desktops para uso nas instalações.
O custo do empreendimento é estimado em US$ 1,5 milhão, e funcionários do condado esperam que o custo de manutenção da biblioteca digital seja menor que o de uma biblioteca comum.
Leia a íntegra da reportagem no Wall Street Journal (em inglês):
Fonte: Inovação Unicamp