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31/01/13

OIT: A crise do emprego no mundo está longe de terminar

Guy Ryder assinala que a crise ocasionou mudanças significativas em termos de mobilidade da força laboral, e cita o exemplo dos espanhóis que buscam emprego em outros países da Europa ou da América Latina, e dos tra

Ao destacar a necessidade urgente de enfrentar a crise do emprego, o Diretor Geral da OIT, Guy Ryder, advertiu que não pode haver um crescimento real sem empregos.
À pergunta sobre o dilema emprego-crescimento – se não existem empregos suficientes, a economia não pode crescer e se a economia não pode crescer, não pode criar empregos – Ryder respondeu que “esta lógica tão simples...não era evidente aos responsáveis pela formulação de políticas que começaram a instaurar a austeridade na Europa para superar a crise financeira”.
“Se isto tivesse sido dito e escutado há três os quatro anos, talvez fosse possível evitar alguns dos excessos da crise de emprego que se manifesta neste momento”, disse um debate durante o Foro Econômico Mundial em Davos.
“Não é o único elemento do mal estar econômico que enfrentamos, mas é a quintessência de tudo”.
Ao referir-se à taxa de desemprego da Espanha, que chegou a um recorde sem precedentes de 26 por cento, Ryder declarou: “as cifras publicadas nesta semana (a semana passada) são absolutamente  angustiantes. Não é possível vislumbrar a recuperação. Mas entendo que enquanto todos dirigimos nossa atenção para a Espanha, se bem que seja compreensível, estamos enfrentando uma crise contínua de emprego mundial”.
Ryder advertiu que ainda que a intensidade da crise financeira pareça estar diminuindo, os mercados laborais estão enviando sinais completamente diferentes.
“Perdemos mais de 4 milhões de empregos, 4 milhões mais de desempregados em 2012. Em 2013 haverá outros 5 milhões e seguimos somando. O horizonte não está à vista.
Ryder insistiu neste ponto durante uma entrevista para a televisão Sky News. “Creio que não devemos precipitarmo-nos a declarar que superamos a crise. Para as pessoas que estão desempregadas, a crise está muito perto e a fila de desempregados é cada vez mais longa”.
Os participantes do debate, entre os quais se encontrava o primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, e Jim Hagerman Snabe, da empresa alemã de programas de informática SAP, coincidiram na necessidade de que o setor privado invista em educação e ajude a superar o desajuste entre a oferta e a demanda de qualificações.
As mudanças tecnológicas “necessitarão novas qualificações”, disse Ryder, e acrescentou que as empresas devem contribuir com sua parte a fim de formar as pessoas. “As políticas que funcionam são as que mais combinam efetivamente a educação formal com a experiência laboral, esse velho conceito de aprendizagem de um ofício”.
Ryder se referiu também à necessidade de acordos internacionais para facilitar a migração das pessoas que procuram trabalho. Assinalou que a crise ocasionou mudanças significativas em termos de mobilidade da força laboral, e citou o exemplo dos espanhóis que buscam emprego em outros países da Europa ou da América Latina, e dos trabalhadores portugueses que encontram trabalho em Angola.
O debate, intitulado “O mal estar econômico e seus perigos”, foi moderado por um jornalista do canal de notícias de televisão Al Jazeera.
Fonte: OIT



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