ico mapa site Mapa do Site            ico rss Assine nosso Feed              yt ico
feed-image RSS
24/01/13

6 de Março é dia de luta para os trabalhadores brasileiros

Representantes de centrais sindicais brasileiras definiram a data de 6 de Março para a realização de uma grande marcha a Brasília. A Marcha pela Cidadania, Desenvolvimento e Valorização do trabalho, vai cobr

Reunidas em São Paulo nesta quarta-feira (23), representantes das centrais sindicais brasileiras definiram a data de 6 de março para a realização de uma grande marcha a Brasília. A manifestação retoma a agenda política aprovada pela Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). A Marcha pela Cidadania, Desenvolvimento e Valorização do trabalho, organizada pela CTB, CUT, CGTB, Força Sindical, NCST e UFT vai cobrar redução da jornada, fim do fator previdenciário, retomada do investimento público e contrapartidas sociais.

A intenção dos sindicalistas é entregar essa pauta diretamente à presidenta Dilma Rousseff. Os representantes das centrais entendem que a data é pertinente, pelo fato de coincidir com as semanas iniciais dos trabalhos da Câmara Federal em 2013. Além disso, entre os dias 4 e 8 de março a cidade de Brasília também abrigará o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade que poderá contribuir de maneira determinante para o sucesso da marcha.

Os dirigentes das seis centrais reiteraram a importância do sindicalismo brasileiro estar unificado para que retome o seu protagonismo e exerça pressão sobre o governo e o Congresso pela retomada do investimento público e em defesa da indústria nacional, fortalecendo o mercado interno e garantindo contrapartidas sociais.

A CTB foi representada na reunião por seu presidente nacional, Wagner Gomes, e pelo presidente da CTB-BA, Adílson Araújo. Ambos os dirigentes entendem que a marcha marcará a retomada das lutas unitárias das centrais por novos avanços para a classe trabalhadora.

"As centrais sindicais irão demonstrar mais uma vez sua capacidade de articulação, ao reeditar as grandes marchas realizadas durante o governo Lula, que garantiram, entre outros avanços, a política de valorização do salário mínimo. “Temos totais condições de reunir dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras em Brasília no dia 6 de março. Temos esse compromisso com a classe trabalhadora e já é hora de mostrarmos ao governo que é preciso avançar mais, no sentido de adotar políticas mais ousadas para garantir o desenvolvimento do país”, afirmou o presidente da CTB, Wagner Gomes

“O desafio maior que teremos é o de destravar a agenda da classe trabalhadora. Se o governo federal absorver parte das nossas propostas, o Brasil irá caminhar muito bem nos próximos anos. Mas para isso precisamos ter ao menos alguma sinalização por parte da presidenta Dilma”, afirmou o presidente da CTB-BA.

Wagner Gomes salientou, ainda, que é fundamental que outros setores da sociedade, como a juventude, por exemplo, se somem à atividade. “Acredito que não podemos restringir o ato aos sindicalistas. Temos que dialogar e atrair outras forças para essa marcha, pois nossas reivindicações são de total interesse dos outros movimentos sociais do país”, defendeu.

 

Pauta Social

“Fizemos uma análise econômica do momento e isso nos levou a uma pauta que aponta para a retomada do crescimento, com mais e melhores salários e empregos, garantindo e ampliando direitos”, explicou o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, que coordenou a reunião realizada na sede da CUT nacional.

“É uma pauta social, com bandeiras amplas, que soma trabalhadores da cidade e do campo, estudantes e idosos pelo desenvolvimento com valorização do trabalho. Desde agora nós vamos mobilizar nossa militância para encher a Esplanada, para entupir o Planalto”, sublinhou Sérgio Nobre. Frente à retração do PIB e ao agravamento da crise internacional, o cutista destacou a importância de que cada entidade jogue pesado, com a consciência do que está em jogo.

Para o secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), “esta retomada da unidade de ação, com reivindicações unitárias, amplia a pressão pelo atendimento da nossa pauta, que cobra mais atenção à produção, que quer mais investimento em políticas públicas”. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, um dos problemas a serem resolvidos é o da desoneração, que acaba repercutindo negativamente na Previdência. “O fato é que quem mais demitiu foi, infelizmente, o mais beneficiado pela política de desoneração”, criticou.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Ubiraci Dantas de Oliveira, lembrou da recente reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), onde foi debatido o baixo crescimento econômico do país e a necessidade de acabar com o superávit primário, “recursos que são drenados do Orçamento para a especulação”. “A queda do PIB se deve à paralisia do investimento público, dos cortes nos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da queda dos investimentos do BNDES. O Brasil não pode seguir neste rumo”, ressaltou Bira, acreditando que “a Marcha vai dar grande contribuição à luta pelo desenvolvimento nacional”.

 

Para o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, “a Marcha será fundamental para imprimir mudanças importantes, pautas comprometidas com o desenvolvimento mas que não foram cumpridas”. “Precisamos dar visibilidade às reivindicações dos trabalhadores. Queremos um Brasil de inclusão, com trabalho decente, com mais investimento em saúde e educação”, acrescentou.

Na avaliação do presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, José Calixto Ramos, o fundamental é convocar a sociedade para que participe da Marcha, “mostrando ao governo brasileiro que não estamos satisfeitos”. “Nossas bandeiras são as da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), defendem o desenvolvimento do país com valorização do trabalho e distribuição de renda. Só não interessam aos que estão ganhando com a crise”, frisou.

Reivindicações

 

Diante da definição de que a Agenda da Conclat, elaborada pelas centrais em 2010, servirá como base para as reivindicações que serão entregues à presidenta Dilma, os sindicalistas definiram oito pontos fundamentais como bandeiras para a marcha. Confira abaixo:

- Fim do fator previdenciário

 

- Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários

 

- Educação: 10% do PIB para o setor

 

- Saúde: 10% do PIB para o setor

 

- Reforma agrária

 

- Valorização das aposentadorias

 

- Ratificação das convenções 151 e 158 da OIT

 

- Mudanças na política macroeconômica

 

Da redação com informações da CUT e CTB

 



+ Notícias

Adicionar comentário

Ações

Uma iniciativa da CNTU em prol do desenvolvimento nacional e do bem-estar da população. São oito temas para ajudar a mudar o Brasil.

Saiba mais

Biblioteca CNTU

Um espaço para você encontrar facilmente informações organizadas em apresentações, artigos, legislações e publicações.

Saiba mais

AGENDA

 SDS Edifício Eldorado, sala 108 - Brasília/DF

Tel (61) 3225-2288

© Copyright 2015 - Confederação Nacional dos Trabalhadores
Liberais Universitários Regulamentados 
Fundada em 27 de dezembro de 2006.