Luta sindical reduz desigualdade e eleva o padrão de vida
A constatação é da pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais, do IBGE, ao avaliar a década 2001-2011 e da empresa internacional de consultoria, Boston Consulting Group (BCG), que comparou indicadores econômicos
Salário mínimo
Em relação à redução da desigualdade, o IBGE explicou que a razão está relacionada à valorização do salário mínimo, ao crescimento econômico e aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.
São as principais reivindicações do movimento sindical negociadas com o então presidente Lula. O índice de Gini (mede a distribuição de renda) passou de 0,559, em 2004, para 0,508, em 2011.
Unidade e luta
“Estes resultados são decorrentes da luta do movimento sindical, da unidade das centrais e da política de pressionar e negociar as grandes bandeiras dos trabalhadores com o governo federal”, avalia o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Entre 2001 e 2011, os 20% mais ricos da população diminuíram sua participação de 63,7% para 57,7%, enquanto os 20% mais pobres aumentaram, passando de 2,6% para 3,5% do total de rendimentos.
Apesar da evolução, a desigualdade persiste, pois os 20% mais ricos ainda detêm quase 60% da renda total, em contrapartida pouco mais de 11% são detidos pelos 40% mais pobres.
Empresa internacional
Entre os 150 países avaliados, a BCG detectou que o Brasil foi a nação que melhor utilizou o crescimento econômico dos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar da população.
De acordo com o artigo publicado pelo jornal ‘Valor Econômico’ , “se o PIB brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1%, entre 2006 e 2011, os ganhos sociais obtidos no período são equivalentes aos de um país que tivesse registrado expansão anual de 13% da economia.
Distribuição de renda
O trabalho da empresa internacional destaca que o desempenho brasileiro em relação ao aumento da qualidade de vida do povo deve-se à política de distribuição de renda. “E assim reduzimos a pobreza extrema pela metade”, diz a presidente da Força Sindical-BA, Nair Goulart.
Na opinião do presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Cláudio Magrão de Camargo Cre, o desempenho do país é notável, porém deve ser analisado com cuidado . “É que quando você faz as contas partindo de uma base mais baixa, a evolução positiva é bem mais visível”, explica.
Ganho do trabalhador
O rendimento médio no trabalho principal dos brasileiros com mais de 16 anos de idade registrou aumento real de 16,5% de 2001 a 2011. No período, as mulheres e os trabalhadores do mercado informal foram os que apresentaram os maiores ganhos reais, de 22,3% e 21,2%, respectivamente.
Os dados também constam da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE. Segundo o instituto, a desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres tem se reduzido nos últimos anos, mas as mulheres ainda recebem menos que os homens – em média 73,3% do rendimento deles.
Fonte: Gestão Sindical
+ Notícias