Um dia para refletir sobre a automedicação
Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, comemorado no domingo(5) foi usado para alertar contra os perigos dos abusos. Pesquisamostra que, entre as causas de intoxicação, os medicamentos estão àfrente dos produtos de
Tema de uma das oito campanhas do projeto Brasil Inteligente, lançadas pela CNTU em dezembro de 2012, o uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação foram discutidos em vários eventos do país, durante a passagem do Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado no último domingo (5). As duas práticas são responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios. Um levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), ligado à Fundação Oswaldo Cruz, mostra que, dos quase 108 mil casos registrados de intoxicação humana, os medicamentos lideraram a lista de principais agentes tóxicos com 30,5% das ocorrências.
Ouvida pelo Portal R7, a farmacêutica e consultora técnica do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Minitério da Saúde (MS), Geisa Maria Grijó, diz que os exemplos de automedicação são muitos, desde "pessoas que tomam dois comprimidos de remédio para dor de cabeça porque acham que um só não vai fazer efeito". Segundo ela, o médico que prescreve também precisa estar atualizado com informações isentas de interesses da indústria farmacêutica. "A prescrição deve sempre vir acompanhada de uma orientação adequada, pois de nada adianta um paciente tomar determinado medicamento para pressão alta ou diabetes, por exemplo, e não seguir outras orientações de cuidados com a saúde," completa Geisa.
Uso racional
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso racional acontece quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. O uso racional também implica na oferta de tratamentos, insumos e tecnologias com base nas melhores práticas terapêuticas e assistenciais, amparadas em evidências científicas seguras, estudos clínicos com resultados confiáveis, e que, principalmente, tenham sido avaliados pelas instâncias regulatórias e de fiscalização no País, no caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para incentivar o Uso Racional de Medicamentos, o Ministério da Saúde mantém uma l além de coordenar o Comitê Nacional para Uso Racional de Medicamentos, incentivar o ensino deste conteúdo nos cursos de graduação e pós-graduação.
Da Redação