Médicos suspendem atendimento em dez estados
Com as atividades suspensas desde o dia 10, paralisação pode durar até 15 dias e faz parte da campanha nacional dirigida pela Fenam, pelo CFM e pela Associação Médica Brasileira, que reivindica assistên
Médicos do Acre, da Bahia, do Maranhão, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, do Pará, do Piauí, do Rio Grande do Norte, de São Paulo e de Sergipe suspenderam a partir do dia (10) o atendimento a pacientes de planos de saúde. A paralisação, em alguns casos, pode durar até 15 dias. No Rio Grande do Sul, a paralisação dos médicos de planos de saúde será feita nos dias 15, 16 e 17 deste mês e atingirá operadoras que somam mais de 400 mil usuários no Estado. Estima-se que 16 mil dos cerca de 24 mil médicos em atividade no Estado sejam credenciados a planos.
Na campanha nacional, o slogan é "Basta aos Abusos dos Planos de Saúde, Médicos exigem assistência de qualidade para os pacientes e valorização da Medicina". As direções da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB) já comunicaram ao Ministério da Saúde sobre as ações nacionais. É a quarta suspensão anunciada pela categoria em dois anos. Durante o período, não serão realizadas consultas e cirurgias eletivas e os pacientes terão que remarcar o atendimento. Serviços de urgência e emergência não serão afetados pelo movimento.
Além do reajuste de honorários de consultas e de outros procedimentos, a pauta de reivindicações inclui a inserção, em contrato, dos critérios de reajuste, com índices definidos e periodicidade e o fim da intervenção dos planos na relação médico-paciente.
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que, entre 2003 e 2011, a receita das operadoras cresceu 192%, enquanto o valor médio pago por consulta aumentou 65%. Cálculos da própria categoria, entretanto, indicam que houve reajuste de 50%.
Fonte: CNTU, com Fenam e Agência Brasil