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04/06/12

Estudo com células-tronco produz óvulos em laboratório

Cientistas criaram o primeiro óvulo em laboratório, a partir de células-tronco encontradas no ovário. Caso o estudo tenha sucesso nas etapas seguintes, a descoberta pode mudar muito do que se sabe sobre fertilizaç&a

Existe alguma maneira de se reverter os efeitos do tempo na fecundidade da mulher? Segundo um estudo feito por cientistas da Harvard Medical School (EUA) e da Universidade de Edimburgo (Escócia) com células-tronco, sim. Os médicos envolvidos na pesquisa anunciaram terem criado o primeiro óvulo em laboratório, a partir de células-tronco encontradas no ovário. Caso o estudo tenha sucesso nas etapas seguintes, a longo prazo a descoberta pode mudar muito do que se sabe sobre a fertilidade feminina e ajudar a solucionar um dos maiores problemas enfrentados por quem quer engravidar: a idade. 

Os médicos sempre acreditaram existir uma quantidade limitada de óvulos disponíveis para serem fecundados - a chamada reserva ovariana. A produção dos gametas femininos começa já na 20ª semana do feto. Quando a mulher nasce, ela já tem todo seu estoque ovariano definido. Além disso, a qualidade dessas células diminui ao longo da vida, reduzindo as chances de gerar um bebê. No entanto, a pesquisa mostra que essas características poderiam ser revertidas ao se produzir novos óvulos. 

A presença das células-tronco no ovário já era conhecida desde 2004. A novidade do estudo foi conseguir transformá-las em óvulos, células humanas de características bem específicas - é a única célula do corpo da mulher com 23 cromossomos, metade do normal. O próximo passo da pesquisa será fecundar esses gametas produzidos em laboratório e verificar sua capacidade de se tornar um embrião, o que viabilizaria a chance de gerar um bebê. A lei americana permite que o estudo vá apenas até o 14º dia a partir da fecundação. 

O médico especialista em reprodução humana Edson Borges, da clínica Fertility, de São Paulo, especializada em reprodução humana, alerta para a questão ética envolvida no assunto. "Vamos ter que experimentar na mulher em algum momento para ver se isso funciona ou não", afirma. "Outra coisa é que o método precisaria ser testado em um número populacional suficiente. A gente tem que ter dezenas de milhares de crianças", lembra ele. 

A cura da menopausa
O estudo abre também a porta para uma ideia que até então era considerada irrealizável: prolongar o tempo não só da funcionalidade reprodutiva, mas também hormonal da mulher. Em vez de se produzir óvulos novos em laboratório, os médicos poderiam considerar a possibilidade de ativar as células-tronco dormentes no ovário por meio de uma medicação. A partir do momento em que há óvulos, eles poderão produzir hormônios. Isso poderia eliminar a menopausa e outros problemas da mulher relacionados à idade, como a osteoporose. 

O médico ressalta, no entanto, que, apesar dos recentes avanços, há ainda um longo caminho a ser percorrido. "Esse é o sonho de todo mundo. Mas a gente ainda está no campo experimental. Mas isso é interessante para mostrar que existe uma busca muito grande no sentido de se tratar problemas que eram até então insolúveis, como o tempo", diz Edson.


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