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23/03/12

Para economistas, medidas isoladas não bastam para crescer

Sondagem da FGV mostra menor disposição da indústria em investir: as 779 empresas ouvidas em janeiro e fevereiro planejam elevar em 21,7%, na média, a capacidade de produção até 2014, o menor percentua

Apesar dos avanços recentes, o ambiente competitivo no Brasil ainda é ruim. Crédito caro, carga tributária elevada, burocracia excessiva e infraestrutura precária, entre outros, inibem os investimentos das empresas. E ainda há o real valorizado perante o dólar, o que estimula a invasão dos importados. Atacar esses problemas de forma ampla, combinando medidas de estímulo à demanda, é essencial, na avaliação de economistas, para que a taxa de investimentos no país, estagnada em 19% do Produto Interno Bruto (PIB), volte a crescer.

- O ambiente competitivo ruim joga contra, e o importador acaba tendo muito mais espaço aqui que o produtor. Se o governo quer reverter a desindustrialização e elevar os investimentos, tem de trabalhar essas questões, além de investir mais, porque o investimento público é um indutor de todo o processo - diz Antonio Corrêa de Lacerda, professor da PUC de São Paulo.

Ele destaca ainda a importância de o governo definir também "políticas de competitividade", com estratégias de desenvolvimento para as áreas industrial, de inovação e comercial.

Sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada ontem mostra menor disposição da indústria em investir: as 779 empresas ouvidas em janeiro e fevereiro planejam elevar em 21,7%, na média, a capacidade de produção até 2014, o menor percentual desde 2009. E inferior à média histórica dos últimos oito anos, de 22,3%. Entre os setores em que os investimentos mais recuaram destacam-se bens duráveis e bens intermediários (química, têxtil, metalúrgica).

Para Aloísio Campelo, coordenador de sondagens da FGV, a crise global iniciada em 2008 acabou mascarando a situação difícil da indústria nacional. Por isso, ele considera essencial que o governo adote "medidas mais horizontais" para recuperar a competitividade da indústria:

- O excesso de medidas pontuais não me parece o melhor caminho.

Luiz Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transacionais (Sobeet), destaca a importância dos investimentos estrangeiros diretos para a economia brasileira: em 2011, estes responderam por 14% da taxa de formação bruta de capital fixo do país. Mas este ano o volume dos investimentos estrangeiros diretos deve recuar 40%, de US$ 66,7 bilhões para US$ 40 bilhões. Por isso, em vez de criar barreiras ao capital externo, diz Lima, o governo deveria negociar acordos de investimentos e bitributação para estimular multinacionais a aplicarem mais recursos aqui. (Ronaldo D"Ercole, O Globo)

Ronaldo D"Ercole
O Globo
Ronaldo D"Ercole
O Globo

 



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