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20/05/11

Encontro Regional da CNTU aprova "Carta de Maceió"

Integrando a série de eventos que serão realizados em 2011, aconteceu em Maceió na sexta-feira (20) o seminário "Trabalho, emprego e qualificação profissional". Ao final do evento, foram aprovadas a

 

Carta de Maceió

 

A CNTU - Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados*,  reunida, em Maceió, Alagoas, para o seu 1º Encontro Regional voltado ao tema “Emprego, trabalho e qualificação profissional”, prepara-se localmente para a ampla discussão em curso neste ano, que culminará em novembro no 1º Encontro Nacional da entidade. Na ocasião, profissionais de todo o País se reunirão para debater e se posicionar sobre “Os profissionais universitários, o desenvolvimento do país e a política”. 

A iniciativa da CNTU visa colocar em discussão um programa nacional de desenvolvimento econômico, social, cultural e tecnológico para o  Brasil e parte da compreensão de uma importante agenda a ser cumprida e da sua responsabilidade nessa tarefa. O atual crescimento da economia brasileira não é suficiente para elevar e propagar substancialmente pelo sistema produtivo a inovação tecnológica e a valorização do trabalho qualificado, condições fundamentais para que se dê um salto qualitativo no desenvolvimento nacional.

Com base no passado, sabe-se que a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) não supera necessariamente as distorções  regionais e as deficiências em decorrência da dependência das importações de tecnologia, das limitações de formação educacional e da excessiva financeirização da economia, obstáculo à produção. É inegável que o Brasil possui setores e empresas modernas baseadas em tecnologia de ponta e trabalho qualificado. No entanto, é preciso estender a capacidade de inovação e geração de conhecimento e riqueza ao conjunto da economia nacional e fazer com que os benefícios desse avanço sejam apropriados pela totalidade da população brasileira.

Integra esse anseio dotar a nação de infraestrutura que atenda às demandas do desenvolvimento e do bem-estar da população, com destaque para um programa energético sustentável, que deve levar em conta o potencial e o conhecimento acumulado nacionais, a importância de desenvolver fontes alternativas e a ênfase à eficiência e conservação. O Brasil já é uma potência nessa área, tendo uma das matrizes mais limpas do mundo. A segurança energética precisa ser mantida para as próximas décadas. Dessa forma, é necessário dar continuidade aos investimentos em fontes renováveis, como hidroeletricidade, biomassa, eólica e solar, e avançar na expansão do sistema interligado nacional, que permite que a energia gerada no Sul e Sudeste supra a demanda do Norte e Nordeste quando essas regiões estiverem com restrição de geração própria.  

Apesar do crescimento de vagas ofertadas no ensino superior e da existência no país de uma densa rede de instituições universitárias, há que se enfrentar as altas taxas de evasão escolar no ensino superior e a baixa qualidade observada em significativa parcela do sistema educacional. Simultaneamente, é imprescindível que o país desenvolva com urgência um Sistema Nacional de Qualificação e Requalificação Profissional, juntamente com um fundo de recursos voltado ao seu financiamento, que dinamize a oferta de programas, cursos e vagas destinadas aos grandes contingentes de  profissionais com formação superior que se encontram  defasados e necessitados de atualização para o pleno exercício da profissão e da qual encontram-se também ausentes em virtude do desemprego, do desvio de função e da desqualificação a que foram submetidos durante o longo período de semiestagnação da economia.

O Encontro Regional apresentou informações da situação educacional no Brasil  e as possíveis estratégias e possibilidades a serem desenvolvidas pelo sistema universitário, pelas empresas, pelos sindicatos, pelo poder público, de modo a criar um novo ambiente de intensa qualificação e requalificação fundamental para turbinar o  desenvolvimento nacional e a valorização destes profissionais.

Pensando no papel que as camadas médias devem desempenhar na luta pela justiça social, é preciso agir para incluir a parcela da força de trabalho hoje desprovida de qualquer qualificação e relegada irremediavelmente à informalidade. Esse quadro faz parte da dívida social a ser resgatada, que exige investimento equivalente à sua enorme dimensão, marcada pela existência de um ambiente de trocas desiguais.

Conscientes de seu dever para com a sociedade, os profissionais liberais aqui reunidos, que representam importante capital intelectual do país, engajam-se em uma ação coordenada e propositiva por melhores condições de vida para todos os 190 milhões de brasileiras e brasileiros.

Maceió, 20 de maio de 2011


*A CNTU – Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados foi criada em 27 de dezembro de 2006. Formada pelas federações dos Economistas, Engenheiros, Farmacêuticos, Médicos e Odontologistas, que juntas contam com 117 sindicatos filiados, a CNTU cumpre o papel necessário de dar voz às ideias dos profissionais universitários, que somam 10 milhões de brasileiros.

 



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