16º Congresso debate papel do sindicalismo mundial
Em um cenário de mobilizações populares por democracia, participantes defendem sindicalismo combativo e a construção de um mundo sustentável. Gilda Almeida, vice-presidente da CNTU, participou do Congresso na
Organizado pela Federação Sindical Mundial o 16º Congresso Sindical Mundial reuniu em Abril, em Atenas, representantes de 105 países e de mais de 800 delegados para debater os rumos do sindicalismo frente a uma nova conjuntura, em que levantes populares ocorrem em diversas partes do mundo, especialmente nos países árabes, e o neoliberalismo mostra sinais de esgotamento.
Gilda Almeida, vice-presidente da CNTU, participou do Congresso na Grécia que a tônica foi a necessidade de repensar caminhos do sindicalismo e propor novas formas de luta, em um ambiente internacional que reascende a chama das grandes mobilizações populares por mudanças. O congresso contou com leituras e análises de acontecimentos recentes especialmente as revoltas na Tunísia, Egito, Argélia, Iêmen, Barein, e o papel repressivo desempenhado pelos Estados Unidos. Além dos ataques armados e ocupações, os Estados Unidos foram acusados também de promover guerras cambiais contra economias dos países pobres ou em desenvolvimento, impedindo seu crescimento e o bem estar de suas populações.
A crise econômica mundial foi apontada como um dos momentos mais dramáticos dos ciclos capitalistas, afetando a própria preservação do nível de vida dos países mais ricos, e o custo desse desastre não pode ser transferido para os países pobres. Para os sindicalistas presentes em Atenas, o momento é propício a uma agenda global dos trabalhadores e da sociedade para romper com o sistema em crise e buscar construir um mundo mais justo e solidário, e um novo modelos de desenvolvimento sustentável e democrático, com respeito à soberania das naçoes. Para isto, o Congresso aponta a necessidade de um sindicalismo classista, autônomo, combativo, independente e renovado.
O Congresso manifestou solidariedade aos povos da Palestina, Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Iraque, Colômbia, Cyprus, e aos trabalhadores em luta por direitos como os eletricitários do México e os trabalhadores dos estados de Wiscosin, Ohio e Indiana nos Estados Unidos, com diversas moções em defesa de suas soberanias e autodeterminação.
Confira vídeos do 16º Congresso Sindical Mundial:
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