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19/11/10

O lixo que sobra pode virar a energia que falta

Grupo da Unicamp desenvolve tecnologia que melhora a gestão de resíduos sólidos, recupera os produtos recicláveis e gera eletricidade

Essa foi a solução encontrada pelos pesquisadores do Nipe (Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético), da Unicamp (Universidade de Campinas).

Em palestra na quarta edição do EcoSP, os professores Carlos Alberto Mariotoni, Sergio Augusto Lucke e Mauro Berni falaram da importância do projeto.

Durante a apresentação, Lucke destacou que o lixo é uma alternativa que não tem custo. “Outra vantagem é a disponibilidade do material presente em todo lugar e a tendência futura de maior volume. Sem considerar que a sua utilização melhora o meio ambiente”, afirmou.

Para o palestrante, um dos problemas da atualidade é a cultura do descartável onde tudo vira lixo. “Infelizmente a melhoria de renda das pessoas leva ao aumento no consumo que consequentemente resulta na geração de mais lixo”, citou.

Em São Paulo, são produzidas 16 mil toneladas de lixo por dia. Já no Brasil, esse número chega a 180 mil t/dia. Desse total, 56% vão para aterros sanitários, 23,9% para os controlados e 19,3% para lixões, que em breve estarão escassos.

Para resolver o problema da produção do lixo, Lucke acredita que a solução está na aplicação dos quatro R: redução do consumo que dever ser feita por conscientização da própria sociedade, reutilização da água extraída do lixo, reciclagem dos componentes encontrados no processo que devem ser enviados aos fabricante e recuperação da energia da massa seca restante que será combustível no processo de geração de energia.

Levando em conta essa teoria, o Nipe montou um projeto de geração de energia a partir da massa seca separada. “Tudo começa com essa massa que passa pelo processo de combustão para ser queimada. O calor gerado é utilizado para esquentar a água numa fornalha que por sua vez se transforma em vapor e vai para a turbina que move o gerador e resulta em energia elétrica”, explicou Lucke.

Para ele, são inúmeros os benefícios da ação. “O lixo desaparece, melhora a gestão de resíduos sólidos, minimiza o transporte e recupera os produtos recicláveis e a energia”, disse Lucke.

Entre os motivos que induz o Nipe a realizar esse projeto, o professor da Unicamp enfatizou o crescimento do País, desenvolvimento de alternativas renováveis, melhoria na saúde pública e o cumprimento da legislação brasileira estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, de agosto de 2010.

Para finalizar, Berni ressaltou que a atuação do grupo que envolve vários projetos de tecnologias da biomassa, inovação, eficiência energética, planejamento e regulação, mercado de petróleo e gás natural, setor elétrico, produção de hidrogênio e células a combustível, e outras fontes renováveis de energia, como solar e eólica. “O nosso objetivo é ser um centro interdisciplinar de referência nacional na área de energia e suas múltiplas relações com a sustentabilidade, para a produção de conhecimentos visando ao desenvolvimento científico e tecnológico, para a formulação de diretrizes e políticas públicas e para o planejamento e regulação”, concluiu.

Saiba mais sobre o EcoSP na cobertura da FNE



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