Médicos em Brasilia explicam greve

Entre as reivindicações está o reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio.

Médicos residentes do Distrito Federal participaram da Caminhada Nacional pela Residência Médica, realizada nesta terça-feira (24), em Brasília. Vestidos de branco e com apitos, eles pararam uma das principais vias da capital. Durante a manifestação, os residentes distribuíram panfletos à população justificando o motivo da greve.

"Nós distribuímos uma carta à população explicando o porquê da paralisação, o que é a residência médica e a importância do residente, pois muita gente acha que os médicos residentes ainda são estudantes, não sabe nem que é um médico formado", explicou o presidente da Associação Brasiliense dos Médicos Residentes (ABRAMER), Cássio Rodrigues Borges.

Os residentes relataram, por exemplo, que trabalham no mínimo 60 horas semanais e que não têm direito a décimo terceiro salário, FGTS, adicional de férias, entre outros benefícios oferecidos aos outros trabalhadores. 

A greve, que já completou uma semana, atinge 90% dos mais de 22 mil residentes no país. Entre as reivindicações, está o reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio. O governo ofereceu um aumento de 20%, mas a proposta foi rejeitada pelos profissionais.

"Nós não aceitamos, porque o governo já tinha oferecido um aumento de 23% em 2007 e não cumpriu, então queremos, pelo menos, este aumento e as perdas do período, que somariam 38,7%", justificou Borges.

No Distrito Federal, os médicos residentes programam para os próximos dias manifestações nas portas dos hospitais e doação de sangue. Na quarta-feira (25) haverá reunião com a Associação Nacional dos Médicos Residentes e há previsão para que ainda nesta semana seja agendada uma reunião com o Governo. 

Assista ao vídeo da matéria!