Centrais debatem mundo do trabalho no FSM
Debate sobre "Crise Global, Trabalho Decente e Pacto Mundial pelo Emprego", reuniu na mesma mesa as seis centrais sindicais brasileiras
O seminário "Crise Global, Trabalho Decente e Pacto Mundial pelo Emprego", promovido durante o Fórum Social Mundial 2010, na cidade de Porto Alegre, reunindo as seis centrais sindicais brasileiras, apontou a necessidade de construção de uma pauta unificada em defesa do interesse da classe trabalhadora.
A palavra unidade prevaleceu durante todo debate, no sentido de intensificá-la para a disputa de projetos políticos em 2010.
O presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor; o secretário-geral da CUT, Quintino Severo; o presidente da UGT, Ricardo Pata; o secretário-geral da NCST, Walter Souza; a secretária de Relações Internacionais, Maria Pimentel; secretário-geral da Força Sindical, Juruna; Hugo Bosca - representante da FSM (Federação Sindical Mundial), e da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA) e Rafael Freire compuseram a mesa oficial de abertura.
O uruguaio Hugo Bosca, do FSM, abriu a atividade saudando as centrais e reconhecendo a importância da unidade entre elas.
"A marcha de abertura demonstrou esta realidade, que é fundamental para os interesses da classe trabalhadora da América Latina. Isso não quer dizer que temos as mesmas concepções, o que temos são os mesmos desafios como: a redução das 40 horas semanais, melhores condições de trabalho e melhores salários na América Latina. Essa é a nossa luta, é a luta pelo socialismo", enfatizou.
O presidente estadual da CTB, Guiomar Vidor, falou sobre a realização de uma década de FSM. "É uma grande derrota para os que defendiam o neoliberalismo como uma única política possível. A crise do capitalismo provou que isto não é verdade". Ele defendeu a unidade das centrais em torno de uma pauta comum dizendo acreditar que "somente desta maneira podemos aprofundar os avanços já conquistados no governo Lula. A ela devemos integrar a redução da jornada de 44 para 40 horas, fim do fator previdenciário. Ou seja, uma pauta, de valorização do trabalhador. Não adianta o desenvolvimento pelo desenvolvimento o que interessa é o desenvolvimento com valorização do trabalho. As centrais sindicais estão demonstrando maturidade ao construir esta unidade", disse Guiomar.
O presidente nacional da central afirmou que "a unidade entre as seis centrais deve servir como ferramenta, ela é imprescindível na luta em defesa dos trabalhadores. Acredito que todos chegaram ao um grau de maturidade que nos permite respeitar as diferenças ideológicas e perceber a necessidade de união para enfrentar o capitalismo".
Sobre a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora Nilvado disse ser um momento impar e decisivo "será uma Conferência histórica que tem como meta aprofundar ainda mais a política que esta em curso. Não podemos permitir que o Brasil saia do rumo progressista".
Fonte: Ana Paula Carrion, Portal CTB
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