Parques tecnológicos mineiros ganham parceria internacional
Instituto espanhol fará análise individual dos parques, considerando todas as variáveis estabelecidas nos estudos de viabilidade, como vocação regional, a competência e o apoio das universidades parceiras
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) acaba de firmar parceria inédita com a Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos (Iasp), que tem sede em Málaga, Espanha.
O trabalho visa elaborar diretrizes que potencializem os empreendimentos dos parques tecnológicos de Belo Horizonte, Viçosa, Itajubá, Lavras, Juiz de Fora e região. Com isso Minas Gerais estará na base de dados da Iasp, passando a integrar o maior acervo de know-how sobre gestão de parques científicos e tecnológicos do mundo.
O programa mineiro de parques faz parte do Projeto Estruturador Rede de Inovação Tecnológica (RIT) que agrega boa parte do trabalho voltado para a inovação no estado, como o Programa de Incentivo à Inovação (PII) que tem parceria do Sebrae-MG e das universidades, o apoio às incubadoras de empresas e as ações de empreendedorismo, entre outras.
"A nossa ciência vai bem, com uma presença forte do Estado, inclusive com a ampliação de recursos por meio da Fapemig. Quanto à inovação é preciso avançar mais rápido com a participação efetiva de todos os segmentos empresariais", diz o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal.
De acordo com a parceria estabelecida, será feito um estudo conduzido pela Iasp, utilizando a metodologia "Iasp Strategigram", codificada em um software que permite a construção do perfil estratégico de cada parque tecnológico.
Ao mesmo tempo, a Iasp fará uma análise individual dos parques para traçar como eles serão ao longo do tempo, levando em consideração todas as variáveis estabelecidas nos estudos de viabilidade, como vocação regional, a competência e o apoio das universidades parceiras. Os gestores dos parques e a equipe da Sectes já deram início à coleta de informações para análise dos perfis.
Com os cinco modelos mineiros produzidos, a Iasp realizará uma análise global envolvendo os perfis de parques existentes no mundo, com a finalidade de se estabelecer benchmarks, determinando grupos com características similares e realizando análises propositivas, rumo a uma estratégia de posicionamento.
Para o secretário-adjunto da Sectes, Evaldo Vilela, que é o gerente do projeto estruturador RIT, a consultoria da Iasp assume caráter de extrema importância neste momento, pois coincide com a finalização das obras de infraestrutura de alguns dos parques. Ele lembra que será iniciado o processo de investimentos das empresas, razão pela qual se torna fundamental a definição dos modelos de gestão de cada parque.
Conforme Vilela, além de estimular os profissionais e incentivar o crescimento e a eficácia de processos, a Iasp abre visibilidade internacional para os nossos parques. Haverá destaque dos nossos melhores processos, idéias inovadoras e os procedimentos de operação mais eficazes.
R$ 35 milhões investidos
Os parques de Viçosa, Belo Horizonte e Itajubá estão em fase adiantada de construção e terão parte de suas instalações inauguradas neste ano. Em todos eles, o Governo de Minas já investiu cerca de R$ 35 milhões. Existem também investimentos federais (MCT e Finep) e dos municípios.
O Parque Tecnológico de Viçosa (PTV), na Zona da Mata, ocupa uma área de 214 hectares e está situado a 5 km do campus da UFV. O BH-Tec, localizado na capital mineira, compreende uma área total de 556 mil metros quadrados na região da Pampulha, em frente à UFMG.
Já o Parque Tecnológico de Itajubá (ParCTec) tem uma área de 40 mil metros quadrados e integra o campus da Unifei. Juiz de Fora concluiu o estudo de viabilidade no ano passado e acaba de adquirir o terreno para construção do parque. Lavras está concluindo o estudo de viabilidade técnica.
(Assessoria de Comunicação da Sectes/MG)
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