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10/06/15

O papel do Brasil na cooperação Sul-Sul

Reunião durante a 104ª Conferência da OIT aponta sucesso das parcerias mantidas pelo País. Acompanhando a atividade, dirigentes da CNTU aprovam desempenho nacional, mas reivindicam protagonismo dos trabalhadores.

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A programação da 104ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) incluiu nesta quarta-feira (10/6) a nona reunião anual entre o Brasil e a OIT de cooperação Sul-Sul e triangular e abordou a contribuição do País a diversas iniciativas na África, na América Latina, na Ásia e em Estados árabes.

Conforme divulgado pela OIT, a parceria entre o órgão e o Brasil teve início em 1987 e ganhou fôlego a partir de 2007, inicialmente com foco na erradicação do trabalho infantil e depois se expandiu para trabalho forçado, proteção e seguridade social, empregos verdes e migração.  

A embaixadora do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), Regina Dunlop, informou que a parceria mobilizou recursos da ordem de US$ 14,4 até 2014 e salientou o sucesso da fórmula adotada com a OIT. Segundo ela, após essa parceria pioneira, foram lançados outros 46 programas com organizações internacionais, que somam US$ 92 milhões.

Na sua avaliação, tais iniciativas geraram benefícios mútuos e, do ponto de vista brasileiro, esses incluem “a sistematização e compartilhamento de boas práticas nacionais e o reforço das relações de solidariedade em torno de objetivos de trabalho decente”.  Conforme a embaixadora, o modelo também estimulou a “cooperação trilateral”, em que um terceiro país doador tradicional, como os Estados Unidos por exemplo, associa-se a um determinado programa estabelecido entre o Brasil e outra nação do Sul.

Em sua intervenção, o Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, apontou avanços brasileiros na área do trabalho e da inclusão social, destacando a economia solidária. Ele lembrou também que o Brasil, que mantém missão de paz no Haiti, já recebeu 50 mil imigrantes desse país, muitos dos quais estão empregados, e deve manter as portas abertas a eles. “Fornecemos mil vistos em Porto Príncipe por mês e devemos dobrar esse número.”

Participaram ainda da mesa-redonda, vários membros da OIT, que foram unânimes em louvar o papel do Brasil na viabilização da cooperação sul-sul. Ao final das falas, um aperto de mão entre o ministro do Trabalho e Emprego brasileiro e o diretor de Governança e Tripartismo da OIT, Moussa Oumarou, simbolizou o fortalecimento da parceria.

A Voz dos trabalhadores

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Presentes à reunião sobre a cooperação Sul-Sul, os dirigentes da CNTU saudaram as iniciativas. Para o presidente da entidade, Murilo Pinheiro, o Brasil desempenha papel bastante positivo ao difundir práticas de inclusão social e trabalho decente em parceria com a OIT. “Isso é muito importante porque nos insere cada vez mais na discussão do trabalho mundial e mostra que o País dá sua contribuição ao desenvolvimento global.” Reforçou a posição o diretor da confederação Geraldo Ferreira Filho: “Essa troca de experiência entre os países é fundamental”, afirmou.

Já vice-presidente a entidade, Gilda Almeida de Souza, considerou a reunião importante, mas ponderou que os temas em pauta na cooperação Sul-Sul deveriam estar na agenda do movimento sindical brasileiro. “Alguns projetos de parcerias poderiam ser protagonizados pelos trabalhadores. Por exemplo, a questão do emprego não é tão simples e nos interessa sobremaneira. Estamos no início de uma crise econômica com sinalização de crescimento do desemprego. Diante disso, a decisão de importar trabalhadores deveria ter sido debatida com os brasileiros”, completou.

Questionado sobre esse aspecto, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias,  mostrou-se confiante na recuperação da economia e refutou o risco de falta de postos de trabalho para quem já vive no Brasil. “Quem está em crise é o mundo, não o Brasil, que sofre sim as conseqüências, mas nós conseguimos superar esse momento com a geração de emprego.” Ele reconheceu, contudo, a necessidade de ouvir entidades como a CNTU nessas questões, o que deve se dar por meio do Conselho Nacional do Trabalho a ser ampliado. “Queremos transformar esse conselho num grande lócus onde se debatam as políticas públicas de trabalho e emprego”, prometeu.

Rita Casaro/Comunicação CNTU



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