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24/07/15

Crise atinge profissionais de nível superior

Mais demissões que contratações foi o quadro se repetiu em junho para os profissionais universitários, que perderam 18,2 mil postos de trabalho. Para  Murilo Pinheiro, as medidas econômicas são inadequadas hoje e  já foram testadas e reprovadas no passado.

O mês de junho empurrou 18,2 mil  profissionais de nível superior para fora dos seus postos de trabalho..  Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reafirmam o quadro que se registrou em maio:  mais demissões do que contratações de trabalhadores diplomados, uma inversão que não se via ocorrer nesse mês desde 2004.  Entre os Estados, somente quatro criaram vagas de nível superior em junho (Ceará, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), mas o saldo acumulado de contratacões do ano ficou bem abaixo do registrado no ano passado. De janeiro a junho, a economia nacional contratou 44,1 mil trabalhadores formados, 66% menos que os 129,5 mil do primeiro semestre de 2014.

Segundo o presidente da CNTU, “o grande problema, hoje, é o recuo da indústria”. No acumulado do primeiro semestre,  a indústria foi o setor com mais demissões, com  8,8 mil vagas ocupadas por trabalhadores com diploma universitário  fechadas no País.  Foi seguida pela construção civil, 6,6 mil  dispensas  e o comércio, com pouco mais de 900. 

No sentido inverso, o setor agropecuário registrou 470 contratações no semestre. E em junho, apenas a agropecuária registrou saldo positivo para o emprego de nível superior, com de 61 novas vagas. O setor de serviço liderou as dispensas, com corte de 11 mil trabalhadores, seguido pelo comércio, com perda de 3,2 mil vagas, a indústria,  que fechou 2,8 mil  postos de trabalho e a construção civil  com 1,3 mil vagas a menos.

Mas, avalia Murilo Pinheiro, “por maior que seja a importância do agronegócio nacional,  não há como a economia brasileira se sustentar apenas com a venda de commodities pois, também nessa área, em que somos bastante competitivos, é preciso pensar em valor agregado aos produtos”.

A política econômica, porém, tem trazido resultados perversos. “A taxa exorbitante de juros deveria impedir o aumento da inflação, conforme a justificativa emitida pelo Banco Central. Todavia, o remédio não tem sido eficaz, tendo em vista que o custo de vida continua subindo”,  Ao mesmo tempo, a elevação das taxas prejudica o crédito, o consumo e a produção e, portanto, pode agravar o desemprego.

As medidas do governo contra a recessão, segundo ele, não só têm se mostrado inadequadas nesse período recente, mas já foram testadas e reprovadas no passado. “O naufrágio dos anos 90 se deveu, entre outros pontos, à opção por esse tipo de receita conservadora. A retomada do crescimento aconteceu exatamente quando o Brasil passou a estimular o investimento e o crédito”, defende Pinheiro.

Redação CNTU



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