Petroleiros defendem dignidade e greve unificada

 "Organizar uma Greve Nacional Unificada no Sistema Petrobrás a partir do dia 24 de setembro, em defesa da pauta reivindicatória e contra a privatização da companhia. Essa foi a principal deliberação da Plenária Nacional dos Petroleiros, realizada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) no último sábado, 12, na sede do Sindipetro RJ.
A plenária unificada teve a participação presencial de mais de cem petroleiros de todo o país e contou, ainda, com uma audiência de mais de 600 visualizações durante a transmissão ao vivo realizada via internet. Além de definir estratégias e calendário de lutas da categoria, a plenária também foi um importante termômetro para sentir a disposição de luta dos petroleiros e para discutir a fundo o atual cenário de crise da Petrobrás e da conjuntura política nacional.
Os petroleiros reafirmaram que não negociarão o ACT em mesas separadas para as subsidiárias, nem com restrições à representação dos trabalhadores.
A FNP encaminhou o envio de uma nova Carta Aberta à direção da Federação ùnica dos Petroleiros (FUP) e aos trabalhadores de suas bases a ser apresentada em todas as assembleias, reafirmando a necessidade de construir um Calendário Unificado e Comando de Greve em comum acordo com todos os sindicatos e apresentando a data do dia 24, com avaliação diária, para início do movimento.
As assembleias da FNP ocorrerão até dia 23 de setembro para discutir com os petroleiros e aprovar o indicativo de Greve Unificada.

Carta aos trabalhadores

À FUP e Sindicatos, Associações e aos trabalhadores de todo o Sistema Petrobrás e a todas as demais categorias em luta

Não vamos aceitar que coloquem os custos e a culpa da crise e da corrupção em nossas costas!

Não somos ladrões! Trabalhamos e queremos dignidade para todos!

Considerando que a Petrobrás vive hoje o maior ataque desde a quebra do monopólio na era FHC, expresso pelo plano de venda bilionária de ativos e as diversas tentativas de entrega do pré-sal brasileiro às multinacionais, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a grande maioria dos trabalhadores entende que a única saída possível para derrotarmos estes ataques é a mobilização unificada da categoria petroleira, incluindo ativos e aposentados, próprios e terceirizados e os demitidos de todo o Sistema Petrobrás, bem como toda a sociedade. Assim, reiteramos nossa disposição à unidade para lutar e defender a Petrobrás e os direitos dos trabalhadores.

Diante deste quadro, reforçado pela disposição da Petrobrás de retirar direitos dos trabalhadores, a Plenária Nacional dos Petroleiros, realizada no último sábado (12/9) no auditório do Sindipetro-RJ, definiu a construção de uma Greve Nacional Unificada no Sistema Petrobrás iniciando no dia 24 de setembro. A própria Plenária já foi um bom passo para que isto aconteça.

É fundamental:

- Barrar a privatização – e o desmantelamento da Petrobrás como empresa integrada de energia – pelo desinvestimento e a venda de ativos;

- Impedir a perda de direitos e a divisão da categoria pela negociação em separado;

- Não aceitar que coloquem a culpa e descontem a corrupção e a crise nas costas dos trabalhadores.

Entendemos que há convergência e acordo nestes pontos e que é hora da mobilização unificada dos trabalhadores para defender a Petrobrás, e as conquistas da categoria. Essa é uma necessidade e contamos com a disposição de todas as entidades. Por isto, apresentamos o dia 24 como marco de início do movimento de greve.

Convocação aos trabalhadores

Chamamos todos os trabalhadores dos diferentes sindicatos do Sistema Petrobrás e das diferentes categorias em luta a solicitar às suas entidades que se unam ao movimento nesta data ou, havendo acordo para ação, ajustaremos a data com as demais entidades.

Certos de contarmos com a compreensão e disposição da maioria dos companheiros e entidades, aguardamos o mais breve possível uma resposta a essa necessidade da Classe e que a categoria como um todo vem nos exigindo, seja nas bases da FNP, da FUP e demais sindicatos, associações e federações.

Saudações Sindicais,

Federação Nacional dos Petroleiros – FNP