Mulheres dizem não ao retrocesso

O 8 de Março de 2016 foi um grito pelos direitos das mulheres e em defesa da democracia. Sindicalistas, ativistas de movimentos socias e estudantis levaram diferentes bandeiras para as capitais. Integrantes da CNTU também ergueram a voz contra o conservadorismo que impõe retrocessos às agendas feministas.
Gilda Almeida, diretora de relações internacionais da FenafarA vice-presidente da confederação, e diretora de Relações Internacionais da Fenafar, Gilda Almeida, lembra o protagonismo das mulheres em muitas mobilizações contra a pauta conservadora que está em curso na Câmara dos Deputados. "Por isso, nossa luta neste 8 de março não se resume às pautas históricas do movimento feministas. Estamos nas ruas para defender a democracia, a soberania nacional e nossos direitos sociais", disse.
A Diretora de Mulheres da Fenafar, Soraya Pinheiro, participou da manifestação em Salvador, que exigiu a consolidação dos direitos das mulheres, sem retrocessos. “ Não dá mais para sermos subjugadas por uma sociedade patriarcal. Juntas somos mais fortes”. Soraya
Soraya, diretora de mulheres da Fenafar
Houve atos no Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte, Fortaleza e outras cidade. Em São Paulo, mais de 10 mil pessoas se concentraram no Vão Livre do Masp, e marcharam pela avenida Paulista, destacando a luta das mulheres por igualdade no mercado de trabalho, pelo fim da violência contra as mulheres, pelo direito ao aborto legal e seguro. A pauta da Democracia e do repúdio às ações golpistas da direta em aliança com um setor do Judiciário e da mídia também esteve presente nos atos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi alvo da crítica das manifestantes, que cantavam “se a mulher se unir o Eduardo cunha vai cair”. Isso porque Cunha simboliza o ataque aos direitos sociais.
"Hoje é um dia de Luta das Mulheres por Igualdade. Um dia de lutar contra o golpe que está em curso. Esse golpe significa uma avalanche de retrocessos para todas as pessoas, mas principalmente para as mulheres", afirmou Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Para Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de São Paulo. este ato foi diferente dos outros anos justamente por causa do acirramento dos ânimos quando “sequestraram o ex-presidente Lula. As mulheres não vão aceitar que nos imponham uma ditadura novamente. Nenhum direito a menos é a nossa mensagem”.
Fonte: Fenafar
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