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01/04/16

Três profissões, três movimentos

Em momentos como o que vive a nacionalidade brasileira avolumam-se análises apressadas, enviesadas e emotivas sobre a situação e também sobre os protagonistas, sejam indivíduos, instituições, partidos e movimentos.

As redes sociais funcionam como aceleradores dessa tendência e, no fim das contas, a algaravia aumenta. Corremos o risco de virarmos bárbaros, no sentido etimológico da palavra grega, “os que grunhem”.

Um dos antídotos é, se possível, o estudo comparado das iniciativas de diferentes atores.

Quero analisar os movimentos de três profissões clássicas: os médicos, os advogados e os engenheiros.

Os médicos, que vêm perdendo a aura que os cercava, são cada vez mais acossados pela realidade mercantilista de sua profissão e cobrados pelas exigências da população. Manifestam-se ferozmente, como categoria e por suas instituições representativas, pelo impedimento presidencial e dão vazão a manifestações individuais claramente antissociais. Em um país assolado por doenças endêmicas despreocupam-se disto e se colocam na vanguarda da despolitização.

Os advogados, que acumularam na luta pela democracia um ativo impressionante de prestígio social, dividiram-se em campos hostis, seguindo linhas diferentes de doutrinas jurídicas e de práticas processuais. Com a avalanche moralista desencadeada pela operação Lava-Jato, a mais importante de suas instituições, desprezando a divisão da categoria, optou por se associar à defesa do impedimento presidencial e o fez com estardalhaço, oportunismo e intempestividade, aumentando a divisão.

Os engenheiros, que têm um peso enorme na estrutura econômica, atravessaram fases difíceis, chegando a “virar suco”, recuperaram seu orgulho profissional (basta ver a procura por vagas de engenharia nos vestibulares) e defrontam-se hoje com as dificuldades decorrentes da recessão. Embora apreensivos como o conjunto da população, procuram afirmar uma plataforma realista de enfrentamento da crise a partir do destravamento da economia, sem paixões. Com apoio maciço de suas entidades representativas (sindicatos, escolas, associações, sistema profissional e empresas) procuram organizar o movimento Engenharia Unida que, associado ao Compromisso pelo Desenvolvimento, propõe soluções democráticas, unitárias, imediatas e factíveis para a economia e a sociedade brasileiras, construindo o protagonismo dos engenheiros na superação da crise.

 

João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical da CNTU e FNE.

 

 

 

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