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16/05/16

Adeus ao pai da bioética

William Saad Hossne partiu aos 89 anos, o autor de obra de referência sobre bioética, o livro Experimentação em seres humanos, e criador nos anos 1990 a Sociedade Brasileira de Bioética

 

O médico e  professor-emérito da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista, William Saad Hossne, faleceu na sexta-feira (13), em Botucatu, deixando como legado o debate e conceitos de bioética que orientam hoje busca da humanização das práticas profissionais em diversas áreas do conhecimento. Hossne é autor do livro de referência sobre bioética, com questionamentos e reflexões sobre a Experimentação em seres humanos, título da obra, e criador nos anos 1990 da Sociedade Brasileira de Bioética. 

Em 1995, foi um dos idealizadores da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), que coordenou entre 1996 e 2007. A Conep, vinculada ao Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, organizou um sistema nacional de monitoramento da ética na pesquisa a que estão ligados mais de 600 comitês de hospitais e universidades em todo o país. 

Hossne também participou da criação da Fapesp e se tornou o segundo diretor científico da Fundação, entre 1964 e 1967. Voltou a desempenhar a função entre 1975 e 1979. Foi vice-presidente do Conselho Superior da Fapesp de 1985 a 1989.

Nascido em São Paulo em janeiro de 1927, formou-se pela Faculdade de Medicina da USP, em 1951. Em 1962, ajudou a fundar a Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, uma das unidades que compôs a Unesp na década de 1970. Professor titular de cirurgia, aposentou-se em 1997.

Também foi reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) entre os anos de 1979 e 1983.  William Saad Hossne coordenava atualmente o Programa de Pós-graduação em Bioética do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, capital, e o Núcleo de Bioética do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu.

Bioética e sindicalismo

Seus legados também chegaram ao movimento sindical, que passou a debater bioética e sindicalizamo em 2014, por iniciativa da CNTU. A partir da sugestão da Federação Interestadual de Odontologistas (FIO) e do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG), realizou, em outubro daquele ano, em Belo Horizonte (MG), o “Fórum de bioética e sindicalismo contemporâneo”, em que todas as federações ligadas à CNTU identificaram e propuseram debates relacionados às profissões e às categorias representadas. 

Como resultado, a CNTU criou seu Departamento de Bioética e Direitos Humanos, coordenado pelo diretor da FIO, Luciano Eloi Santos, e um dos organizadores do evento à época, como presidente do CRO-MG. Na sua avaliação, a confederação ousou ao propor esse debate, indo além das históricas bandeiras do movimento sindical. “A CNTU, ao lidar com as profissões liberais, tem o compromisso ético de disseminar a cultura de valorização dos direitos humanos, da autonomia dos indivíduos, pois somos formadores de opinião e devemos nos comprometer em construir uma sociedade mais justa e democrática”, destacou.

Para saber mais sobre o pai da bioética, leia entrevista concedida à Pesquisa Fapesp em agosto de 2013.

http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/08/13/william-saad-hossne-o-guardiao-da-bioetica/

 

Redação CNTU, com Fapesp

 

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