Médicos em greve pressionam governo do DF

Próxima assembleia, dia 21, decidirá os rumos do movimento. Os médicos exigem a quitação das pendências financeiras do governo com a classe até o dia 15 de janeiro.

Desde sexta-feira, dia 16, estão suspensos os atendimentos eletivos na rede pública de saúde do Distrito Federal. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite da quinta-feira e uma nova assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira(21)

Reunidos no auditório do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), os profissionais rejeitaram a proposta do governo do Distrito Federal de parcelamento das dívidas trabalhistas acumuladas desde outubro de 2014. Pela proposta do GDF esses pagamentos seriam feitos até junho deste ano.

As condições adversas de trabalho agravadas pela falta generalizada de medicamentos, reagentes e insumos também foram determinantes na decisão da categoria. Não bastasse o descontentamento da categoria, o governo ainda anunciou, poucas horas antes da assembleia, o escalonamento dos salários dos servidores públicos do Distrito Federal, que atingirá a imensa maioria dos médicos.

"As pessoas têm compromissos no início do mês. Quem ganha mais, não quer dizer que não tem compromissos. Como fica? E os juros? É uma situação difícil de aceitar, principalmente com atrasados a receber", explicou o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, à imprensa.

O comando de greve orienta àqueles que trabalham nos centros de saúde e ambulatórios a se dirigir ao pronto-socorro da sua regional ou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. Nova assembleia será realizada às 19h30, na sede do SindMédico-DF.

Servidores da Saúde voltam ao trabalho

A decisão de greve dos médicos foi tomada ao mesmo tempo em que servidores da Secretaria de Saúde terminaram a greve iniciada no último dia 9, por falta de pagamento de benefícios como 13º salário, horas-extras. A categoria decidiu aceitar a proposta do GDF, que prevê quitar a dívida até junho. Os médicos exigem a quitação das pendências financeiras do governo com a classe até o dia 15 de janeiro.

SindMédicos