ico mapa site Mapa do Site            ico rss Assine nosso Feed              yt ico
feed-image RSS
05/09/16

Encontros querem aprofundar estudo sobre saúde do farmacêutico

Farmacêuticos realizam série de encontros estratégicos para traçar perfil e condições de trabalho e saúde do profissional, em todo País.

Primeiro encontro do trabalhador famaceutico/foto: Sindfarma-BAPrimeiro encontro do trabalhador famaceutico/foto: Sindfarma-BA


Aprofundar o estudo sobre as condições de trabalho e saúde do farmacêutico e fortalecer a categoria enquanto organização sindical. Esses são os dois principais objetivos dos farmacêuticos que promovem na sexta (9/9) e no sábado (10) o “1º Encontro de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Farmacêutico(a)” no estado do Mato Grosso. O evento ocorrerá no auditório do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT), em Cuiabá (MT).

Organizado pelo Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Mato Grosso, em parceria com o CRF-MT e com a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), é o segundo em todo o País promovido pelos profissionais. O primeiro, ocorrido em Salvador, nos dias 17 e 18 de junho, contou com a participação de 135 pessoas.

Semanas antes do evento soteropolitano foi aplicado um questionário, online, com 22 questões, que procurou saber perfil, condições de trabalho e saúde do trabalhador. Os trabalhadores de Mato Grosso também responderam ao questionário, que será apresentado no primeiro dia do evento. Na Bahia, entre os dados que mais chamam atenção são os que se referem às condições de trabalho e saúde. Mais da metade (61,06%) dos entrevistados trabalham em pé, metade afirmaram que há “sobrecarga psíquica”, 44,47% realizam movimentos repetitivos e 25,12% têm posturas inadequadas e/ou trabalham agachadas.

“Estamos observando o adoecimento dos profissionais. Aqui na Bahia fizemos a primeira pesquisa que apontou que há um sofrimento desses profissionais. Eles estão com comprometimento da estrutura óssea, pois ficam em pé o dia inteiro. Isso sem contar os demais problemas apontados no levantamento”, comenta Eliane Araujo Simões, diretora de Saúde e Segurança do Trabalho da Fenafar, e vice-presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Bahia.

“Queremos dar visibilidade a esse profissional que hoje vive uma situação de assédio moral, carga excessiva de trabalho, desvio de função, condições inadequadas de trabalho”, alerta Eliane Simões, que assumiu a Pasta na Fenafar durante o Congresso de 2015, quando a mesma foi criada.

Em março deste ano foram definidas, durante a reunião de planejamento estratégico, ações nesse setor, entre elas esse levantamento sobre as condições de trabalho e saúde do profissional. Depois de Mato Grosso, será realizado outro encontro no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, em novembro deste ano.

Para a diretora de Organização Sindical da Fenafar, Débora Raymundo Melecchi, o encontro baiano foi bastante positivo e faz parte de uma agenda estratégica para a formação e organização da categoria.

“Primeiro há o questionário que detecta as condições de trabalho, depois tem a questão política. Principalmente na atual conjuntura, de tentativa de retirada de direitos, é uma oportunidade para discutir os processos de terceirização, quais as investidas contra os direitos trabalhistas, normas regulamentadoras , a defesa do SUS e como o farmacêutico pode se posicionar diante desses fatos, tendo em vista que o SUS é a maior e mais importante política de saúde que temos no país”, explica Débora Melecchi, que também ressalta a ausência de indicadores de órgãos oficiais.

Ela lembra que já existem alguns indicativos sobre o adoecimento dos trabalhadores. Mas que é necessário um novo levantamento, até para subsidiar o sindicato para novas ações, campanhas e até em um processo de negociação de campanha salarial (de Acordo Coletivo de Trabalho).

“Vemos a necessidade de aprofundar o estudo sobre a saúde do farmacêutico. Muito com o olhar de que não temos registrado , do farmacêutico, em órgãos oficiais, as reais condições de trabalho do trabalhador farmacêutico”, justifica.

Alguns aspectos serão abordados, como normas regulamentadoras que exigem atualizações. Uma delas é a NR 32, que versa sobre adicional de insalubridade. “Hoje, nos deparamos nos processos de negociação, em que os farmacêuticos que manipulam quimioterápicos não recebem adicional de insalubridade. Temos acúmulo de artigos científicos que demonstram os malefícios de quem manipula esses produtos”, conta a diretora de Organização Sindical.

Além de farmacêuticos, o encontro é aberto a demais trabalhadores e estudantes de farmácia e da área de saúde.

Para conhecer a íntegra da pesquisa na Bahia acesse aqui. Informações e inscrições para o evento em Cuiabá estão na página da Fenafar, neste link.


Deborah Moreira
Comunicação CNTU



+ Notícias

Adicionar comentário

Ações

Uma iniciativa da CNTU em prol do desenvolvimento nacional e do bem-estar da população. São oito temas para ajudar a mudar o Brasil.

Saiba mais

Biblioteca CNTU

Um espaço para você encontrar facilmente informações organizadas em apresentações, artigos, legislações e publicações.

Saiba mais

AGENDA

 SDS Edifício Eldorado, sala 108 - Brasília/DF

Tel (61) 3225-2288

© Copyright 2015 - Confederação Nacional dos Trabalhadores
Liberais Universitários Regulamentados 
Fundada em 27 de dezembro de 2006.