Centrais emitem nota sobre invasão do plenário da Câmara
Após invasão do plenário da Câmara dos Deputados, grupo formado por cerca de 40 pessoas pediu intervenção militar no Brasil. Centrais sindicais se reuniram e emitiram uma nota de repúdio ao fato, ocorrido na quarta-feira (16/11).
Os manifestantes paralisaram as atividades dos parlamentares por volta das 15h30, quebrando a porta de vidro na entrada. Naquele momento, o primeiro vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), presidia uma sessão com menos de dez deputados presentes. Houve tumulto com os policiais legislativos, e um parlamentar foi chutado enquanto recolhia seus pertences.
Nota das Centrais sindicais sobre a invasão do plenário da Câmara dos deputados
A invasão do plenário da Câmara dos Deputados por um grupo de aproximadamente 40 fascistas na tarde de ontem (16/11), defensor da intervenção militar e da supressão das garantias constitucionais, consiste num grave episódio contra a Constituição e a democracia brasileira e deve ser duramente repelida por todas as forças democráticas do país e pelas mais altas instituições da República.
A invasão de ontem soma-se a diversas manifestações de ódio e intolerância política promovidas por grupos radicais, antidemocráticos e minoritários interessados em conturbar ainda mais o ambiente político e, assim, criar as condições para atacar a democracia e os direitos políticos, sociais e trabalhistas.
Não é possível ser conivente com manifestações que visam solapar a democracia duramente conquistada.
São Paulo, 17 de novembro de 2016.
Vagner Freitas – Presidente da CUT
Paulo Pereira da Silva – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT
Adilson Araújo – Presidente da CTB
José Calixto Ramos – Presidente da NCST
Antonio Neto – Presidente da CSB