ico mapa site Mapa do Site            ico rss Assine nosso Feed              yt ico
feed-image RSS
16/03/17

CNTU nas ruas contra reforma da Previdência

Foi na quarta-feira, 15 de março, em várias cidades do País. A palavra de ordem é #nenhumdireitoamenos!

A primeira grande ação nacional convocada pelo movimento sindical unificado contra a proposta de reforma da Previdência anunciada pelo governo Temer demonstrou a força da coesão da classe trabalhadora. O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação neste 15 de março reuniu mais de 1 milhão de pessoas em manifestações por todo o País, segundo os organizadores. O maior ato ocorreu em São Paulo, na Avenida Paulista: a estimativa dos sindicalistas é que cerca de 200 mil estiveram presentes. Em várias capitais brasileiras, diversas categorias paralisaram parcial ou totalmente suas atividades, entre elas professores, servidores públicos, metalúrgicos e trabalhadores do transporte público. Dirigentes da CNTU se somaram às manifestações.

O Congresso Nacional reagiu suspendendo as votações polêmicas na data. Conforme notícia publicada no Jornal GGN, Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado – partido do presidente da República, Michel Temer –, chegou a afirmar que a reforma da Previdência estaria inviabilizada e que se o governo não recuar, as mudanças pretendidas na legislação trabalhista também estarão condenadas. Essa é outra pauta rechaçada pelo movimento sindical, como lembrado por diversas lideranças durante os atos no dia 15, além da tentativa de regulamentação indiscriminada da terceirização.

Conclamando todos os profissionais a se somarem às manifestações durante os dias precedentes (assista vídeo), o presidente da CNTU, Murilo Pinheiro, que esteve no ato em São Paulo, foi categórico: "A reforma da Previdência é inaceitável. Seguiremos fazendo mobilizações e gestões junto ao Congresso Nacional para barrar essa imensa injustiça e qualquer ataque aos direitos dos trabalhadores duramente conquistados. Ao propor mudança na idade mínima para 65 anos e no tempo de contribuição para 49, na prática, o governo fará com que os profissionais trabalhem até morrer." (confira aqui os principais pontos da pretensa reforma). A vice-presidente e coordenadora do Departamento das Trabalhadoras Universitárias da entidade – que também é diretora da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) –, Gilda Almeida de Souza, engrossou o protesto na capital paulista. Ela enfatizou que “as mais prejudicadas com o reforma serão as mulheres, que têm 14 horas a mais que os homens (jornada dupla). Ou seja, elas vão trabalhar ainda mais para poder se aposentar”.

Allen Habert, diretor de articulação nacional da confederação, também marcou presença em São Paulo. Como escreveu em artigo publicado neste site, com esse primeiro passo, “a caminhada virtuosa foi iniciada”: “A jornada unitária e vitoriosa do dia 15 de março levou os movimentos organizados em todos os cantos do País a darem as mãos à maioria da população, que desperta de sua perplexidade do quadro político dos últimos anos. A sociedade, mesmo não entrando diretamente em massa nas manifestações, demonstrou simpatia, alinhamento emocional e político à resistência aguerrida em defesa dos seus direitos e do seu futuro.”

Engajado nessa batalha, Welington Moreira Mello, diretor da CNTU e da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO) somou-se ao ato em Brasília. E o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, esteve no ato em Florianópolis. Para ele, só a unidade e mobilização popular poderão barrar retrocessos. “As manifestações desta quarta-feira são uma mostra do descontentamento e da rejeição a essa reforma da Previdência que, na prática, acaba com a possibilidade de os trabalhadores e trabalhadoras se aposentarem. Vamos impedir essa atrocidade”, declarou.

Presidentes das centrais sindicais e lideranças de movimentos sociais e populares indicaram os próximos passos da mobilização. Além de exercer pressão sobre o Congresso Nacional, ficou evidente a possibilidade de uma greve geral caso o governo não retire o texto da reforma da Previdência. Partidos políticos e parlamentares também engrossaram as manifestações.

Soraya Misleh
Comunicação CNTU



+ Notícias

Adicionar comentário

Ações

Uma iniciativa da CNTU em prol do desenvolvimento nacional e do bem-estar da população. São oito temas para ajudar a mudar o Brasil.

Saiba mais

Biblioteca CNTU

Um espaço para você encontrar facilmente informações organizadas em apresentações, artigos, legislações e publicações.

Saiba mais

AGENDA

 SDS Edifício Eldorado, sala 108 - Brasília/DF

Tel (61) 3225-2288

© Copyright 2015 - Confederação Nacional dos Trabalhadores
Liberais Universitários Regulamentados 
Fundada em 27 de dezembro de 2006.