José Tadeu Siqueira, na luta por um Brasil com menos dor
À frente de uma campanha de conscientização junto a autoridades e profissionais da saúde, o odontologista vem conseguindo mobilizar a sociedade contra um sofrimento que acomete grande parte da população
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Há vários anos a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) busca meios de conscientizar a população, gestores e profissionais da saúde para a importância de conhecer, prevenir e tratar a dor e compreender seus impactos na vida de quem sofre. Neste ano de 2014, finalmente, foi lançada uma campanha com apoio de parlamentares, autoridades e profissionais de várias áreas. Seu presidente, José Tadeu Siqueira, expôs a todos a importância do engajamento “Neste país heterogêneo socialmente, paradoxalmente rico e pobre, existe a área solidária da dor, que não tem credo, condição social, raça ou partido político. Esta campanha, literalmente, é de todos por todos. Envolva-se!”, disse ele.
Sua ação à frente da SBED, a alta qualificação em dor orofacial e nos estudos da dor em geral levaram a Federação Interestadual dos Ondotologistas (FIO) a propor o reconhecimento por todas as federações e entidades ligadas à CNTU, indicando seu nome para o Prêmio Personalidade Profissional 2014 na área de Odontologia. Para a sociedade, é um trabalho inestimável. A dor crônica atinge cerca de 30% da população brasileira que frequenta as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e representam um alto custo para o País. Ela atinge pacientes com doenças sistêmicas crônicas, como diabetes mellitus, doenças pulmonares, câncer, entre outras. “Infelizmente, nem sempre é reconhecida. Além disso, muitos pacientes com dores agudas após cirurgias ou traumatismos, ou mesmo pacientes com câncer, são subtratados e sofrem desnecessariamente”, comenta o presidente da SBED.
A campanha da SBED quer atrair a atenção para a necessidade de um estudo epidemiológico brasileiro para se ter a dimensão do problema e montar um mapa da dor no país. “Os profissionais da área da saúde, a população em geral, os gestores de saúde e nossos representantes legislativos todos têm parcela importante na difusão e luta por um Brasil com menos dor, particularmente nas doenças crônicas”, diz o presidente Siqueira.
Graduado em Odontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1976), doutor em Ciências (Farmacologia) pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (2000) e com pós-doutorado pelo Departamento de Psicobiologia (Medicina do Sono) da UNIFESP (2009), José Tadeu Siqueira é cirurgião-dentista bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, coordenador dos cursos de Odontologia Hospitalar – Aprimoramento, Especialização e Residência – área de Dor Orofacial, com bolsas do PAP/FUNDAP e do Governo Federal, do Hospital das Clínicas da FMUSP;
Pesquisador e Orientador do Departamento de Neurologia e do Programa de Fisiopatologia Experimental da FMUSP, é membro da International Association for the Study Of Pain (IASP), do corpo editorial do Journal of Oral Rehabilitation, da Revista da EAP/APCD e da Revista Dor (São Paulo), além de revisor dos periódicos: Clinics (São Paulo), Journal of Rheumatology, Journal of Orofacial Pain e Brazilian Oral Research.
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