Em consulta pública do Senado, 96% contestam reforma trabalhista
O Senado abriu uma consulta pública, por meio da plataforma on-line E-cidadania, para que as pessoas opinem sobre o projeto de “reforma” trabalhista, que tramita na Casa.
Imagem: SPbancarios
Os números revelam ampla rejeição. Até o fechamento desta reportagem, 80.629 pessoas (96% do total) se manifestam contra a proposta e 3.022, a favor. Em conjunto com a reforma da Previdência, o projeto desencadeou protestos e a greve geral da última sexta-feira (28/4).
A reforma, apresentada pelo governo Michel Temer, sob alegação de necessidade de “modernização”, altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em mais de 100 pontos. O Projeto de Lei 6.787, com substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), foi aprovado pelo plenário da Câmara em 26 de abril último.
Agora, como Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38, a proposta foi lida no plenário do Senado na terça-feira (2). O governo tenta conduzir em ritmo acelerado, mas já esbarra na oposição, que quer a matéria em debate nas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A proposta inicial prevê a discussão apenas nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS). Na quarta (3), representantes de centrais sindicais se reuniram com o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL).
“Estamos falando de aumento na jornada de trabalho para 12 horas diárias. Estamos voltando para a escravidão. A reforma também versa sobre os contratos de trabalho, que serão precarizados”, afirmou a vice-presidente da CUT, Carmen Foro.
“É um verdadeiro massacre (…) As pessoas precisam saber quais são os interesses que motivaram cada voto”, diz o presidente da central, Vagner Freitas.
É possível acessar a pesquisa e votar neste link.
Fonte: Sul21
(publicado por Deborah Moreira)