Presidente dos Economistas relembra que Getúlio Vargas salvou a profissão
A profissão de economista estava ameaçada. Na elaboração da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), em 1943, os economistas iam perder a exigência de nível superior, o que geraria um forte retrocesso para a categoria. Era preciso fazer alguma coisa e falar com quem tinha poderes pra resolver.
Quem decidiu fazer isso foi o jovem estudante de economia Jamil Zantut (anos mais tarde, desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região – TRT-SP). Ele ligou para o Catete, alegando que haveria uma greve geral em São Paulo, no dia seguinte, e que precisava falar com o presidente Getúlio sobre isso.
A telefonista pediu que aguardasse na linha e minutos depois o próprio Getúlio estava ao telefone. O estudante Jamil decidiu contar a verdade: não havia greve alguma, apenas a ameaça à condição profissional dos economistas. Getúlio escutou, fez perguntas e, ao final, avisou: – Ouçam hoje a Voz do Brasil.
Reunidos em uma república (na rua Conselheiro Crispiniano, Centro, São Paulo - SP), os estudantes aguardaram a fala do presidente e ouviram Getúlio, na Voz do Brasil, anunciar as profissões de nível superior que seriam contempladas na CLT. Entre elas a de Economista.
Essa história foi contada por Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (Sindecon-SP), no último dia 19/4, data em que Getúlio Vargas completaria 136 anos, ao programa Repórter Sindical na Web, na TV Agência Sindical. “Getúlio também ouvia aos trabalhadores. Ouvia o povo”, ressalta o dirigente durante a entrevista.
>> Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.
Fonte: Agência Sindical
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